5 coisas que vão marcar o dia

As contas do Banco Montepio e a reunião do Eurogrupo são os principais destaques desta segunda-feira. Lá fora, a Alemanha leiloa dívida e os EUA procuram no retalho sinais de reforço da economia.

Depois das fortes quedas na semana passada, os investidores deverão estar muito atentos às movimentações dos mercados acionistas, especialmente aos títulos da banca e do setor petrolífero. Os receios em torno do abrandamento económico estão a pesar no comportamento das bolsas, faltando um dado positivo para travar o pessimismo. Daí que seja importante seguir os indicadores que serão revelados nos EUA, mas também acompanhar a discussão para o Orçamento da Zona Euro. Por cá, é dia de conhecer as contas do Banco Montepio.

Banco Montepio apresenta resultados

O Banco Montepio vai apresentar resultados, esta segunda-feira, relativos à totalidade de 2018. É a primeira vez que o banco liderado por Carlos Tavares reporta contas desde que tem imagem renovada. A expectativa é que os resultados líquidos sejam positivos até porque, nos primeiros nove meses do ano, os lucros aumentaram 10% para 22,4 milhões de euros, face ao período homólogo. Nesse período, beneficiaram sobretudo da redução das imparidades para crédito, que caíram 40% para 65 milhões de euros, permitindo uma melhoria das contas.

Ministros das Finanças decidem sobre Orçamento da Zona Euro

O aprofundamento da União Económica e Monetária vai voltar à mesa dos ministros das Finanças da Zona Euro. O Eurogrupo reúne-se esta segunda-feira para debater “as características do instrumento orçamental para a convergência e competitividade”. O orçamento da Zona Euro poderá vir a ser o próximo passo depois de, em dezembro, o grupo ter chegado a acordo sobre a reforma do espaço da moeda única, incluindo o reforço da União Bancário e da flexibilidade do Mecanismo de Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE).

Banca e petrolíferas continuam a ser penalizadas?

O rally global das ações que durava desde o início do ano foi interrompido na semana passada, devido às preocupações com a desaceleração no crescimento económico. Houve dois setores especialmente penalizados e que continuarão em foco no início da semana. Por um lado, o Banco Central Europeu (BCE) cortou as projeções para 2019 e 2020 e anunciou uma nova ronda de financiamento de baixo custo à banca, cujas condições defraudaram as expectativas, levando a uma queda nos títulos dos bancos. Por outro, o Norges Bank aprovou um plano de alienação das participações em empresas de exploração e produção de petróleo e gás, o que causou desvalorizações também nas petrolíferas.

Alemanha arranca semana de leilões de dívida

A Alemanha realiza esta segunda-feira um leilão de Bilhetes do Tesouro (BT) — dois dias antes de um outro de Obrigações do Tesouro (OT) –, numa altura em que os mercados têm assistido a uma fuga dos investidores das ações para ativos-refúgio como as Bunds alemãs ou as Treasuries norte-americanas. Não só por este efeito, mas também devido à reunião do BCE da semana passada, as yields das dívidas da Zona Euro têm caído de forma expressiva. No caso de Portugal (que também vai ao mercado esta semana para emitir OT a sete e 10 anos), os juros dos títulos benchmark negoceiam em mínimos históricos de 1,35%.

Depois do emprego, o retalho norte-americano em foco

Com as preocupações com a desaceleração económica a ganharem novamente força, os mercados estão focados em dados que contrariem a tendência. Vão procurá-lo nas vendas de retalho dos EUA, relativos a janeiro, que vão ser apresentados esta segunda-feira, e que se seguem a uma quebra no mês anterior. A divulgação vai acontecer após dados desapontantes do mercado de trabalho conhecidos na sexta-feira: foram criados apenas 20 mil empregos em fevereiro, face à expectativa de 180 mil dos economistas consultados pela Reuters. Assim, os investidores vão procurar sinais de reforço da economia norte-americana.

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