Banca e petrolíferas afundam bolsas europeias. Lisboa cai mais de 1%

O pessimismo do BCE em torno da economia e o desinvestimento do Norges Bank nas petrolíferas penalizaram os setores da banca e da energia, que arrastaram consigo as principais praças europeias.

As principais praças europeias encerraram a última sessão da semana no vermelho, prolongando as perdas já registadas na última sessão, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter revisto em baixa as previsões para a evolução da economia da Zona Euro. Esta sexta-feira, também o setor petrolífero pressionou as bolsas, depois de o maior fundo soberano do mundo ter decidido desinvestir das petrolíferas. Por cá, Lisboa acompanhou esta tendência e fechou a cair mais de 1%, a ser penalizada pelas quedas superiores a 2% do BCP e da Galp.

O PSI-20 fechou a desvalorizar 1,11%, para os 5.181,78 pontos, com apenas duas cotadas em alta e as restantes em queda.

Este movimento acontece ainda na sequência da reunião de política monetária do BCE, que decidiu manter as taxas de juro de referência da Zona Euro inalteradas, “pelo menos”, até ao final deste ano, num cenário de abrandamento da economia. Ao mesmo tempo, o banco central anunciou uma nova ronda de financiamento aos bancos, isto quando antecipa que o PIB da Zona Euro cresça apenas 1,1% este ano.

Perante este cenário, as cotadas europeias do setor financeiro apresentaram quedas expressivas, com o índice que reúne os principais bancos europeus a desvalorizar cerca de 2%.

Também o setor petrolífero teve um dia negativo, depois de o governo norueguês ter aprovado o plano do Norges Bank para a alienação de empresas do setor da energia que se dediquem em exclusivo à exploração e produção de petróleo e gás. O índice que reúne as cotadas europeias do setor energético perdeu mais de 1%.

Arrastadas por estes dois setores de peso, as principais praças europeias fecharam todas no vermelho, com o Stoxx 600 a recuar à volta de 0,6%. Destaque pela negativa para as bolsas de Milão e de Madrid, que caíram ambas mais de 1%.

A acompanhar esta tendência, o BCP foi uma das empresas que mais penalizou a bolsa portuguesa. O banco liderado por Miguel Maya caiu 2,27%, para os 22,8 cêntimos cêntimos por ação, prolongando a queda superior a 5% que já tinha registado na quinta-feira.

Também a Galp contribuiu para o desempenho negativo do PSI-20, ao perder 2,5%, para os 14,42 euros por ação. Apesar de a lista de empresas em que o Norges Bank vai desinvestir não incluir a Galp, a petrolífera nacional acompanhou o movimento da matéria-prima, que registou perdas superiores a 3% nos mercados internacionais, com o barril de Brent, que serve de referência para Portugal, a cair abaixo dos 65 dólares.

Destaque ainda para a Mota-Engil, que deslizou 2,77%, para os 2,10 euros, e para a Jerónimo Martins, que depreciou 1,66%, para os 13,01 euros por ação.

A evitar maiores quedas esteve a Nos, que valorizou 1,04%, para os 5,36 euros por ação, depois de ter apresentado um aumento de 15,8% dos lucros de 2018 e de ter proposto uma revisão em alta do dividendo, para 35 cêntimos por título.

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