Boeing anuncia suspensão das entregas de aviões 737 MAX
Empresa descarta possibilidade de reduzir o ritmo de produção (52 aviões MAX por mês) ou fechar temporariamente as fábricas. Estão a avaliar as capacidades e a armazenar os aviões que saem de fábrica.
A Boeing anunciou quarta-feira a suspensão da entrega de aeronaves do modelo 737 MAX, o mesmo que caiu na Etiópia no domingo, causando 157 mortos, mas garantiu que a produção continua.
“Suspendemos as entregas do 737 MAX até encontrarmos uma solução”, disse um porta-voz da Boeing, acrescentando que a fabricante de aviões norte-americana mantém a produção do modelo.
Suspendemos as entregas do 737 MAX até encontrarmos uma solução.
O porta-voz da empresa descartou a possibilidade de reduzir o ritmo de produção ou fechar temporariamente as fábricas. “Estamos a avaliar as nossas capacidades e vamos ver onde é que os aviões que saem da linha de montagem vão ser armazenados”, referiu.
A Boeing produz atualmente 52 aviões MAX por mês e tinha previsto aumentar para 57 em junho.
A queda do avião da Ethiopian Airlines, que tinha como destino Nairobi, capital do Quénia, ocorreu minutos depois de ter descolado.
Em outubro do ano passado, outro Boeing 737 MAX 8, mas da companhia Lion Air, despenhou-se na Indonésia, 12 minutos após a descolagem, segundo uma das caixas negras devido a falha no sistema automático, causando 189 mortos.
Na sequência do acidente no domingo, a Agência Europeia de Segurança Aérea (EASA) proibiu dois dias depois o modelo 737 MAX 8 de operar no continente europeu, juntando-se a 20 países e 30 companhias aéreas de todo o mundo que suspenderam os voos com esses aparelhos.
As duas caixas negras do avião Boeing 737 MAX 8 da Ethiopian Airlines serão analisadas em França, indicou o organismo francês de Investigação de Acidentes Aéreos.
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