União Europeia fecha espaço aéreo a todos os voos com o Boeing 737 Max. Ações afundam 6%
A União Europeia decidiu suspender todos os voos realizados com Boeing 737 Max, na sequência do acidente que vitimou mais de 150 pessoas no domingo.
Depois de vários países terem decidido suspender os voos com o Boeing 737 Max 8, a União Europeia (UE) decidiu ir pelo mesmo caminho. A Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) explicou esta decisão com base em “medidas necessárias para garantir a segurança dos passageiros”, lê-se na nota publicada esta quarta-feira.
“Como medida de precaução, a EASA publicou hoje uma Diretriz de Aeronavegabilidade, com vigência a partir das 19h UTC (20h em Lisboa), suspendendo todas as operações de voo de todos os aviões Boeing 737 Max 8 e 737 Max 9 na Europa“, escreveu a EASA. “Além disso, a EASA publicou também uma Diretiva relativa à segurança com efeitos a partir das 19h UTC (20h em Lisboa), suspendendo todos os voos comerciais efetuados pelos operadores de países terceiros para dentro, para fora e dentro da UE, nos modelos anteriormente mencionados”.
Esta decisão acontece na sequência do acidente que ocorreu no domingo e que vitimou 157 pessoas. Foram vários os países a decidir suspender os voos com esta aeronave, levando a UE a adotar a mesma posição. Esta terça-feira, a Irlanda e a França decidiram juntar-se aos nove países que já tinham optado por encerrar os seus espaços aéreos — Alemanha, Reino Unido, Austrália, Omã, Singapura, China, Indonésia, Coreia do Sul e Mongólia.
“A investigação do acidente está a ser liderada pelas autoridades da Etiópia com o apoio do National Transportation Safety Board, uma vez que a aeronave foi pensada e construída nos Estados Unidos. A EASA ofereceu assistência no apoio à investigação de acidentes”, referiu ainda a EASA, no mesmo documento. A agência europeia diz estar a “analisar continuamente” os dados e que “ainda é cedo para tirar conclusões sobre as causas do acidente”.
Um dia depois do acidente, as ações da Boeing caíram 5,33% na bolsa de valores de Wall Street, fazendo a capitalização de mercado da empresa reduzir-se em quase 13 mil milhões de dólares (11,6 mil milhões de euros). Esta terça-feira, os títulos recuaram 6,11% para 375,41 dólares, tendo chegado a descer mesmo mais de 7%, durante a sessão.
A própria Boeing anunciou esta terça-feira que vai atualizar o software de controlo de voo da aeronave 737 Max, de forma a “torná-lo ainda mais seguro” antes de abril, a data limite imposta pela Agência Federal de Aviação (FAA) norte-americana. Em comunicado, a empresa disse ainda que começou a desenvolver uma atualização de software com a FAA após o acidente do avião (do mesmo modelo) da Lion Air na Indonésia, em outubro do ano passado, e que irá aplicá-lo à sua frota “nas próximas semanas”.
(Notícia atualizada às 18h22)
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