“Muito me espantaria” se Novo Banco pedisse os 3,9 mil milhões ao Fundo de Resolução, diz Máximo dos Santos
"Procissão ainda vai no adro?", questionou o Paulo Sá sobre se vão ser usados os 3,9 mil milhões da garantia pública. "Muito me espantaria se chegasse ao limite do teto", respondeu Máximos dos Santos.
O deputado comunista Paulo Sá questionou: “A procissão ainda vai no adro?”. Isto para saber se o Novo Banco pedir os 3,9 mil milhões de euros ao Fundo de Resolução que estão previstos no mecanismo de capital contingente. Luís Máximo dos Santos, presidente do Fundo de Resolução, deixou a sua perspetiva: “Muito me espantaria se chegássemos ao limite do teto”.
Máximo dos Santos esteve esta quarta-feira no Parlamento por causa do pedido de compensação financeira do Novo Banco ao abrigo da garantia pública que foi criada aquando da venda do banco em outubro de 2017. António Ramalho pediu 1.150 milhões de euros ao Fundo de Resolução, já depois de ter solicitado uma compensação de 792 milhões no ano passado.
“Qualquer juízo que possa ser feito é um juízo temerário porque várias circunstâncias se podem alterar. (…) Mas muito me espantaria se chegássemos ao limite do teto”, afirmou o presidente do Fundo de Resolução, depois de os deputados terem insistido na pergunta: o Novo Banco vai esgotar o “plafond” da garantia pública?
“Acho que vamos ficar aquém. O quanto aquém é difícil quantificar“, acrescentou ainda o vice-governador do Banco de Portugal.
Qualquer juízo que possa ser feito é um juízo temerário porque várias circunstâncias se podem alterar. (…) Mas muito me espantaria se chegássemos ao limite do teto.
Há uma semana, o membro da comissão de acompanhamento do contrato de vendo do Novo Banco José Bracinha Vieira revelou no Parlamento que o Novo Banco deverá pedir uma compensação financeira global até 3.000 milhões de euros.
Questionado pelos deputados sobre o facto de o Governo ter garantido que este mecanismo não ia ser usado, Máximo dos Santos tinha dito anteriormente que só podia falar por si. E o que disse não foi isso, até porque “é completamente irrealista criar este mecanismo e pensar que não vai ser usado”.
Este mecanismo de capital contingente foi criado aquando da venda do Novo Banco ao fundo americano Lone Star, em outubro de 2017, e obriga o Fundo de Resolução a injetar dinheiro no banco quando se observarem perdas dentro de um conjunto de ativos problemáticos que coloquem em causa os rácios da instituição.
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