Opositor acusa Tomás Correia de ataques, ameaças e mentiras no Montepio
O economista e ex-administrador da Mutualista, Eugénio Rosa, defende que a realização da próxima assembleia geral está a ser propositadamente escondida dos associados.
Eugénio Rosa, economista e antigo membro do conselho geral da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), acusa Tomás Correia de mentir, ameaçar e atacar no seguimento da condenação pelo Banco de Portugal. Numa publicação no seu blog, Rosa defende ainda que Tomás Correia e o padre Vítor Melícias estão propositadamente a não informar os associados da assembleia-geral que se irá realizar a 28 de março.
“Após a condenação da administração de Tomás Correia pelo Banco de Portugal com pesadas coimas pela gestão ruinosa da Caixa Económica até 2015, ele tem-se multiplicado nos ataques ao supervisor, em ameaças a todos, até prometendo «recorrer à espada» (o homem está desatualizado e perdeu o bom senso), e tem multiplicado as mentiras procurando convencer os associados e a opinião pública de que nada fez do que é acusado. E como tem acontecido tem o apoio do padre Melícias e dos fiéis”, acusou Rosa, que foi um dos candidatos derrotados nas últimas eleições do Montepio.
O economista afirma que Tomás Correia faz parte “do passado e da fase ruinosa da história do Montepio” e apela aos associados que se unam “para salvar o Montepio”. Por isso, apela a que os associados participem na assembleia-geral, onde serão aprovadas as contas individuais da Associação Mutualista de 2018, deliberar sobre a proposta de alteração dos estatutos em vigor para sua harmonização com o disposto no Código das Associações Mutualistas e eleger comissão para elaborar o respetivo projeto.
No apelo, Eugénio Rosa acrescenta que pretender evitar situações como a que aconteceu há um ano, quando a AMMG aprovou uma proposta que coloca o Banco Montepio a suportar os custos processuais que possam ter atuais ou antigos administradores do banco, como Tomás Correia, que está a ser investigado pelo Ministério Público e se prepara agora para apresentar recurso contra uma coima do Banco de Portugal no valor de 1,25 milhões de euros.
“O medo de Tomás Correia de que os associados do Montepio conhecessem as consequências da sua gestão ruinosa, levou-o a aprovar na assembleia geral unipessoal (pois era ele o único representante do acionista AMMG) da Caixa Económica realizada em 16 de março de 2018, em que destituiu a administração de Félix e os restantes órgãos sociais, para além da proposta conhecida de que as despesas com advogados, tribunais e coimas aplicadas por entidades oficiais à sua administração, devido a atos de má gestão fossem suportados pelo Banco Montepio”, sublinhou.
Acrescentou ainda que se recusou a aceitar a imposição “ilegal” de Tomás Correia de que os membros dos órgãos demitidos só receberiam as remunerações até ao fim do mandato. “Por isso não recebi as remunerações a que por lei tinha direito”, diz.
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