Um Jaguar bebé, mas cheio de genica

A Jaguar ganhou vida nova. Depois de anos agarrada à Ford, renasceu pela mãos da Tata. Voltou aos automóveis desportivos, mas também se aventura nos SUV.

É cada vez mais comum os grandes SUV servirem de base para modelos mais pequenos, mais apropriados para o dia-a-dia das grandes cidades. É que em “equipa que ganha não se mexe”, daí que do F para o E se tenha apenas uma sensação de “Querida encolhi…” o SUV. E ainda bem. O E mantém as linhas arrojadas do pai, com óticas rasgadas na dianteira e esguias na traseira. E uma linha de cintura elevada, com “músculos” a agarrar bem as grandes rodas.

O conjunto funciona muito bem. No processo não se perdeu o espírito do pai, nem no exterior nem no interior (e há espaço quanto baste para ocupantes e a bagagem). Há, quando se abre a porta, aquela sensação de solidez que é reforçada pela qualidade da montagem e dos materiais utilizados no habitáculo. Do tablier aos bancos, sente-se que estamos num automóvel de gama superior.

Há obviamente muitos elementos que são importados do irmão Evoque — Jaguar e Land Rover são do mesmo dono. Mostradores são iguais, sendo que poderiam já ser um pouco mais avançados. E o sistema de infotainment também é o mesmo que se encontra nos Land Rover, sendo que neste caso isso é um must. Completo, bem arrumado e, claro, de grandes dimensões. E bem encaixado no centro do tablier.

Ao lado está o botão que faz o Jaguar ronronar. O Start dá vida ao motor diesel 2.2 de 190 CV, um bloco com provas dadas tanto em termos de desempenho como de consumos — no ensaio realizado a média cifrou-se nuns 7 litros/100 km, isto numa condução despreocupada. Suave dentro da cidade, beneficiando da caixa automática de nove velocidades, mas voraz quando se imprime maior pressão no acelerador.


O E-Pace ganha velocidade sem esforço, oferecendo uma sensação de estabilidade em qualquer situação. Por vezes nem parece que estamos a conduzir um SUV, não fosse a vista por cima do volante ser o tejadilho de alguns utilitários que resistem nas estradas cada vez mais repletas de automóveis deste segmento.

fazia falta uma insonorização um pouco mais cuidada para ficar perfeito. Afinal, estamos a falar de um SUV compacto de gama alta, com um preço base em torno dos 40 mil euros. Mas também, de outra forma não ouviríamos o “ronron” do bicho. É um Jaguar after all.

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