Novos elétricos da Carris chegarão em 2021

Carris transportou 125 milhões de passageiros em 2018, um crescimento a rondar os 2% face aos pouco mais de 122 milhões transportados em 2017. Novos elétricos serão entregues daqui a dois anos.

O primeiro dos 15 novos elétricos que a Carris vai comprar deverá chegar à empresa em 2021. Segundo Tiago Farias, presidente da transportadora lisboeta, a primeira destas composições deverá ser entregue “22 meses” após a adjudicação do contrato de aquisição e manutenção destes elétricos, lançado esta quarta-feira. Após a entrega do primeiro elétrico, os restantes deverão chegar à cadência de “um ou dois por mês”, o que dependerá do que for acordado com o fornecedor eleito.

“Estas aquisições visam reforçar todo o eixo da zona ribeirinha, da linha 15, onde estão colocados os últimos dez elétricos que a Carris comprou, já em 1995”, explicou Tiago Farias. O concurso agora lançado servirá assim para mais do que duplicar a atual oferta no eixo da linha 15, apresentando um custo de 45 milhões de euros, aos quais acrescem 5 milhões para serviços de manutenção. A verba será integralmente paga pela Carris.

Na conferência de imprensa desta quarta-feira, o presidente da câmara lisboeta, Fernando Medina, apresentou ainda a o plano para para a transformação deste eixo da zona ribeirinha da cidade num metro de superfície — com ligações ao município de Loures via Santa Apolónia, e a Oeiras, via Cruz Quebrada.

Tiago Farias, presidente da Carris, na apresentação do concurso para a compra de 15 novos elétricos.Hugo Amaral/ECO

 

Conforme explicou o líder da Carris, o prazo para a entrega dos novos elétricos é tão extenso porque, apesar de existirem vários fornecedores, estes são “equipamentos construídos a pedido”, o que torna o processo mais moroso do que, por exemplo, a aquisição de novos autocarros.

Segundo o mesmo responsável, o investimento envolvido é um importante passo para uma nova estruturação da oferta da Carris, não apenas à conta do reforço da rede de elétricos prevista pela câmara municipal, como porque o reforço da frota de elétricos permitirá libertar alguns autocarros que tiveram de ser alocados à linha 15, cuja procura excede a capacidade da frota atual de elétricos. “Esses autocarros poderão ser colocados noutras linhas”, disse.

Mais passageiros em 2018

Ainda sem as contas de 2018 fechadas e aprovadas, o presidente da Carris adiantou à margem da conferência de imprensa que a transportadora atingiu os 125 milhões de passageiros no ano passado, o que representa um crescimento de cerca de 2% face aos 122,4 milhões utentes de 2017.

Tiago Farias avançou que o ano passado ficou marcado pelo aumento da oferta da Carris em 5% em termos de quilómetros percorridos e também por aumentos nas taxas de cumprimento do serviço e por um reforço ao nível dos recursos humanos, tudo fatores que contribuíram para o crescimento do total de passageiros.

Já em relação a expectativas para a evolução no total de passageiros este ano tendo em conta a revolução tarifária em curso, Tiago Farias prefere não avançar com quaisquer previsões, lembrando porém que só em março foi registado um crescimento de 42% no total de pedidos do cartão Lisboa Viva — o passe para os transportes da Área Metropolitana de Lisboa — e sublinhando que a Carris está constantemente a monitorizar a evolução da rede e da procura, pois “tem capacidade para adaptar a oferta ao longo do ano”.

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