Siza Vieira admite que greve vai perturbar funcionamento dos aeroportos “nas próximas horas”
O ministro da Economia avisou que, se os trabalhadores que transportam combustível não cumprirem os serviços, os aeroportos poderão deixar de operar nas próximas horas.
O ministro Pedro Siza Vieira avisou que os aeroportos portugueses poderão vir a sofrer perturbações se não forem cumpridos os serviços mínimos “nas próximas horas”. Em causa está a greve dos trabalhadores que transportam matérias perigosas.
“Nos aeroportos de Lisboa e Faro, não tendo sido assegurado o abastecimento, atingimos níveis críticos de reservas de combustível para abastecimento dos aviões. […] Não quero esconder que se não for retomado o abastecimento nas próximas horas, podemos vir a ter perturbações das operações aéreas”, admitiu o ministro da Economia, em declarações transmitidas pela SIC Notícias.
O ministro também disse não ter “notícia de perturbação em nenhum dos aeroportos nacionais”. “Houve um cancelamento de um voo em Faro, houve um cancelamento de um voo em Lisboa, exclusivamente por questões de gestão de rotas”, afirmou. Declarações proferidas praticamente em simultâneo com a confirmação oficial ao ECO do cancelamento de um voo da TAP por falta de combustível para o avião.
Os aeroportos de Lisboa e Faro estão a ser afetados pela falta de combustível resultante da greve. Estas infraestruturas têm reservas para dois dias, mas estas ter-se-ão esgotado por volta do meio-dia desta terça-feira. A greve teve início à meia-noite de segunda-feira.
Não quero esconder que se não for retomado o abastecimento nas próximas horas, podemos vir a ter perturbações das operações aéreas.
Governo alega incumprimento de serviços mínimos
Segundo Pedro Siza Vieira, o Governo apercebeu-se durante a manhã de segunda-feira que os serviços mínimos não estavam a ser cumpridos por parte dos trabalhadores grevistas. “Não estava a ser feito nenhum dos serviços de fornecimento”, disse o ministro. É o motivo que o Governo alega para ter decretado a requisição civil, um mecanismo legal que visa forçar estes trabalhadores a cumprirem os serviços mínimos.
“A requisição civil entrou em vigor hoje mesmo [terça-feira]. Os trabalhadores que estejam de escala são obrigados a cumprirem os serviços. Há mecanismos para organizar os serviços mínimos. Neste momento, todos os trabalhadores que estejam de escala são obrigados a cumprir a lei”, avisou Pedro Siza Vieira.
Recordando existirem sanções para incumprimentos deste tipo, o ministro concluiu as declarações com um apelo: “Queria uma vez mais apelar aos motoristas para que no exercício do direito de greve não deixem de cumprir a lei”.
(Notícia atualizada pela última vez às 15h01)
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