Combustíveis: Turismo alerta para prejuízos na Páscoa
A Confederação do Turismo de Portugal apela para um "entendimento rápido das partes envolvidas" e "também ao Governo", nomeadamente a "eventual necessidade de alargar o período de requisição civil".
A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) considera que a greve dos motoristas de matérias perigosas vai trazer um impacto negativo ao setor e à economia nacional, sobretudo nesta época, apelando para um entendimento rápido.
Em comunicado, a CTP refere que a greve dos motoristas “que está a provocar sérios problemas no abastecimento de combustíveis irá trazer um impacto negativo ao Turismo e à economia nacional, sobretudo na semana da Páscoa, época tradicionalmente muito procurada pelos portugueses para gozo de férias”.
“Os prejuízos desta greve são evidentes para os portugueses que visitam as suas famílias nesta altura do ano, para os turistas que enfrentam dificuldade para chegar aos seus destinos de férias, para os hotéis e operadores de viagens que estão sob uma ameaça grave de fuga de turistas”, sublinha o presidente da CTP, Francisco Calheiros, citado no comunicado.
Desta forma, o responsável apela para um “entendimento rápido das partes envolvidas” e “também ao Governo”, nomeadamente para uma “eventual necessidade de alargar o período de requisição civil” no caso de a greve dos motoristas de matérias perigosas continuar.
A greve dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 0h de segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica.
A Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) informou esta quarta-feira que não foi ainda retomado o abastecimento dos postos de combustível, apesar da requisição civil, e que já há marcas “praticamente” com a rede esgotada.
O primeiro-ministro admitiu alargar os serviços mínimos e adiantou que o abastecimento de combustível está “inteiramente assegurado” para aeroportos, forças de segurança e emergência.
Na terça-feira, alegando o não cumprimento dos serviços mínimos decretados, o Governo avançou com a requisição civil, definindo que até quinta-feira os trabalhadores a requisitar devem corresponder “aos que se disponibilizem para assegurar funções em serviços mínimos e, na sua ausência ou insuficiência, os que constem da escala de serviço”.
No final da tarde de terça-feira, o Governo declarou a “situação de alerta” devido à greve, avançando com medidas excecionais para garantir os abastecimentos e, numa reunião durante a noite com a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, foram definidos os serviços mínimos.
Militares da GNR estão de prevenção em vários pontos do país para que os camiões com combustível possam abastecer e sair dos parques sem afetarem a circulação rodoviária.
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