Hélis para combate a incêndios ficam mais baratos. Estado consegue “desconto” de 20%
Ficam a faltar nove aeronaves para atingir o objetivo anunciado pelo Governo de 61 aeronaves destinadas ao combate a incêndios este ano.
A Força Aérea Portuguesa deu por concluído o concurso dos 35 meios aéreos para combate aos fogos até 2022, noticia o Jornal de Notícias, avançando que os helicópteros vão custar menos 20% do que o previsto.
De acordo com o JN, as primeiras aeronaves começam a voar em 15 de maio e as restantes a 01 de junho.
“Pela primeira vez, o Estado vai pagar menos 20% pelos lotes de aeronaves que levou a concurso por 80,218 milhões de euros”, escreve o JN.
A Força Aérea desvalorizou acusações contra o vencedor do concurso, a HeliBravo, por parte de outros concorrentes, que acusaram a empresa de ter falseado declarações e de “esmagar as margens de lucro” do setor.
De acordo com o diário, “foram desvalorizadas” as denúncias contra o vencedor, que apontavam o facto de “ter omitido que não possuía o número de aeronaves necessárias e que irá recorrer à subcontratação de duas empresas investigadas em Espanha e Itália por cartelização de preços – a Faasa e a Elitellina”.
O jornal teve acesso a um relatório de 31 páginas, no qual o júri, presidido pelo major-general Paulo Guerra terá rebatido as alegadas graves irregularidades denunciadas por dois dos concorrentes, a multinacional Barbcock e a HTA.
A HeliBravo vai fornecer ao Estado, por 52,9 milhões de euros, os 18 helicópteros ligeiros – um dos quais vai ficar na Madeira – e 12 médios.
Segundo as contas do JN, a HeliPortugal, que também foi alvo de contestação, fornecerá, por 4,4 milhões de euros, os quatro Kamov que já assegurou em 2018 e a portuguesa CCB estreia-se no setor com um contrato de 8,2 milhões de euros, para dois aviões anfíbios.
A HeliBravo tem um contrato bianual de dez helicópteros, celebrado no ano passado, à semelhança da AgroMontiar, com quatro aviões, recorda-se no artigo, em que se assinala que faltam nove aeronaves para atingir o objetivo anunciado pelo governo de 61 aeronaves destinadas ao combate a incêndios este ano.
“Com o fim deste concurso, fica com 52, contando com os três hélis B3 do Estado entregues à HeliPortugal”, lê-se no texto.
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