Chairman do Deutsche Bank rejeita nova reestruturação da banca de investimento
Christian Sewing tem implementado um plano de redução do balanço do banco de investimento em 12% e do staff em 8%. Considera que o plano está a ter bons resultados e não é necessário mudar.
A reestruturação do negócio de investimento do Deutsche Bank não está em cima de mesa, segundo defendeu o chairman Christian Sewing. Numa conferência com analistas, após a queda da fusão com o Commerzbank, citada pelo Financial Times (acesso condicionado e conteúdo em inglês), o gestor rejeitou a ideia defendida pelo supervisor da banca alemã.
Sewing, que chegou ao cargo em abril, tem implementado um plano de redução do balanço do banco de investimento em 12% e do staff em 8%. No entanto, há dois trimestres consecutivos que o segmento regista prejuízos, apesar de as receitas com o negócio de trading ter crescido 19%. Na sexta-feira, o chairman garantiu que não iria “ser arrastado para opções de estratégia especulativas”.
“Acabámos de sair de um trimestre em que a equipa [de gestão] teve novamente sucesso. Claro que qualquer um pode dizer que se poderia fazer mais, mas já é quatro vezes mais do que os analistas esperavam”, afirmou, referindo-se aos lucros trimestrais de 201 milhões de euros, face às estimativas de 55 milhões de euros. “Se estamos numa posição tão boa, porquê mudar de repente tudo outra vez?”, acrescentou, citado pelo FT.
Christian Sewing respondeu assim a Paul Achleitner, responsável pela supervisão da banca alemã, que defendeu, recentemente em Frankfurt, o reforço dos esforços de reestruturação da banca de investimento devido às necessidades de adaptação às mudanças no mercado. Igualmente, também os analistas têm feito alertas para os custos do negócio, com o analista do JPMorgan Kian Abouhossein a estimar que a operação nos EUA perca entre 200 e 300 milhões de euros por ano, antes de impostos, por exemplo.
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