EUA apoiam Guaidó na última fase do plano para derrubar Maduro
O autoproclamado presidente interino da Venezuela anunciou o início da última fase do plano para tirar Maduro do poder, anúncio que mereceu já o apoio dos Estados Unidos.
Depois de o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, anunciar que o plano para destituir Nicolas Maduro do poder tinha entrado na “fase final”, apelidada de Operación Libertad, os Estados Unidos declararam publicamente o seu apoio, através das redes sociais.
“O governo dos EUA apoia plenamente o povo venezuelano na sua jornada pela liberdade e pela democracia“, escreveu o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, na sua conta oficial do Twitter. “A democracia não pode ser derrotada”, acrescentou ainda Pompeo.
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O início desta operação coincidiu com a libertação de Leopoldo Lopez, opositor do regime que se encontrava em prisão domiciliária e que terá sido libertado por forças anti-chavistas. Guaidó instou a população e o Exército do país, que têm sido o garante de Maduro, a apoiar o seu plano e acabar com o que chama de usurpação pelo sucessor de Hugo Chávez.
Não é a primeira vez que os EUA ficam do lado de Guaidó. Em janeiro, Guaidó, na altura líder da Assembleia Nacional da Venezuela, invocou a constituição para se autoproclamar presidente interino do país, com o argumento de que a reeleição de Nicolas Maduro em 2018 havia sido ilegal. Trump reconheceu Juan Guaidó como “presidente interino” do país sul-americano logo após este se ter autoproclamado.
O Presidente norte-americano anunciou ainda várias medidas para derrubar o Governo venezuelano em favor de Guaidó, nomeadamente um embargo ao petróleo venezuelano, que entrou em vigor neste mês. O embargo proíbe qualquer empresa dos EUA de comprar petróleo da companhia petrolífera estatal PDVSA ou de qualquer uma das suas subsidiárias, e qualquer entidade estrangeira de usar o sistema bancário dos EUA para comprar o ‘ouro negro’ venezuelano.
Em 2017, Trump chegou mesmo a admitir avançar com uma intervenção militar na Venezuela. “Temos muitas opções para a Venezuela. É um país vizinho. Estamos em todo o mundo. Temos tropas em todo o mundo em locais muito longínquos. A Venezuela não fica muito longe. E as pessoas estão a sofrer e a morrer. Temos muitas opções para a Venezuela, incluindo uma possível opção militar, se for necessário”, disse Trump.
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