Investidores à espera das negociações comerciais. Wall Street já perde mais de 2% na semana
As bolsas dos EUA estão novamente em queda, pelo quarto dia consecutivo, com os três principais índices a acumularem um recuo semanal superior a 2%. Negociações comerciais retomadas esta quinta-feira.
As bolsas norte-americanas estão a cair pelo quarto dia consecutivo. Os investidores continuam a fugir das ações face à incerteza em torno das tensões comerciais entre EUA e China. A queda indicia que os investidores têm pouca esperança de que desenvolvimentos positivos surjam das negociações que vão ser retomadas esta quinta-feira em Washington, marcadas pela presença do vice-primeiro-ministro chinês.
O S&P 500 cai 0,89%, para 2.853,88 pontos, acumulando uma desvalorização de 2,24% face à cotação de fecho da última sexta-feira. As perdas são ainda maiores no Nasdaq: o índice tecnológico recua 1,10%, acumulando perdas de 2,7% esta semana. Já o industrial Dow Jones, que conseguiu fechar a sessão anterior com uma ligeira valorização de 0,01%, recua 0,88% esta quinta-feira, um recuo semanal de 2%.
A Boeing eliminou os ganhos registados na sessão passada e está a cair 1,40%, para 352,67 dólares cada ação. A Caterpillar está a prolongar as perdas e recua 2,08%, para 129,21 dólares. São duas das empresas mais sensíveis às relações sino-americanas.
No campo da tecnologia, a Apple destaca-se com uma queda de 1,81%, para 199,12 dólares. A Alphabet, dona da Google, cai 0,74%, para 1.157,64 dólares por título.
As tensões comerciais escalaram no arranque desta semana por causa da decisão de Donald Trump de pressionar Pequim com um reforço das tarifas sobre produtos importados da China, uma medida que poderá ser implementada ainda esta semana e que deverá espoletar contramedidas por parte do regime de Xi Jinping.
Liu He, vice-primeiro-ministro chinês, vai estar esta quinta-feira em Washington para uma nova ronda de negociações comerciais com os EUA. Há uma semana, os investidores acreditavam que esta reunião, originalmente marcada para sexta-feira, serviria para fechar um acordo comercial. Mas, agora, temem que as conversações possam colapsar.
Os receios dos investidores estão a refletir-se no comportamento do Vix. Este índice, que mede a volatilidade nas bolsas, mas é frequentemente associado ao medo, está a cotar em máximos do início deste ano.
Noutro mercado, o das matérias-primas, o destaque vai para o recuo do preço do petróleo. O contrato de WTI para entrega em junho negoceia em Nova Iorque a 61,59 dólares, uma queda intradiária de 0,85%. A desvalorização do preço do barril está a penalizar as empresas do setor petrolífero, com a perfuradora ExxonMobil a desvalorizar 0,90%, para 76,14 dólares.
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