Comissões mais caras na CGD a partir de hoje. Saiba quanto vai pagar
A “conta pacote” mais barata da instituição, as contas de estudantes universitários com mais de 26 anos, mas também os levantamentos de dinheiro ao balcão são os alvos da subida de comissões.
É cliente da Caixa Geral de Depósitos? Então esteja atento porque o banco público implementa hoje alterações ao seu preçário que vão encarecer um conjunto de comissões. Entre os principais alvos estão os clientes com a “conta pacote” mais barata da instituição, as contas de estudantes universitários com mais de 26 anos, mas também os levantamentos de dinheiro ao balcão com caderneta que quase triplicam de preço, tal como o ECO avançou há dois meses. Veja se é um dos clientes da Caixa que vai passar a pagar mais.
Universitários com mais de 26 anos perdem isenção na conta
O universo universitário também é visados nas mexidas de preçário do banco liderado por Paulo Macedo. Mais em específico os estudantes universitários com 26 anos ou mais anos que perdem a isenção da manutenção de conta, sendo que o mesmo acontece com as contas de docentes e funcionários universitários.
Às “contas à ordem uni-tituladas por estudantes com idade =/> 26 com cartão Caixa IU-Institutos e Universidades” passa a ser aplicada uma comissão mensal de dois euros (mais IS), o que em termos anuais representa um custo de 24 euros.
Já no caso das “contas à ordem uni-tituladas por docentes ou funcionários universitários com cartão Caixa IU-Institutos e Universidades”, passam a ser-lhes cobrados mensalmente 2,8 euros (mais IS), ou o correspondente a 33,60 euros anuais (mais IS).
“Contas à ordem uni-tituladas por docentes ou funcionários universitários com cartão Caixa IU-Institutos e Universidades e cartão Caixa Classic (sem programa de lealdade) ou Caixa ITIC” passam a ver-lhes aplicada uma comissão de manutenção de quatro euros por mês (mais IS) e 48 euros (mais IS) por ano.
Apenas os estudantes universitários com menos de 26 anos de idade vão manter a isenção da manutenção de conta.
Conta Caixa S mais cara, mas só para alguns
A partir deste dia 15 de maio, os clientes da Caixa que disponham da conta Caixa S — a “conta pacote” mais barata da instituição — e que beneficiem da mensalidade com bonificação passam a pagar mais. Com a entrada em vigor do novo preçário, os clientes nessas condições passam a ter de desembolsar mensalmente 2,80 euros (2,91 euros com Imposto do Selo) por esse serviço, o que corresponde a uma subida de 12% face aos 2,50 euros (2,60 euros após IS) que vigoravam até agora.
A conta Caixa S dá acesso a partir de um custo único à manutenção de conta, um cartão de débito e duas transferências a crédito por mês. O preço base deste serviço é de quatro euros por mês, mais IS, sendo que este valor se mantém. A subida de custo afeta apenas os clientes que tenham associada à sua conta S a domiciliação de rendimentos ou um património financeiro igual ou superior a cinco mil euros, condições necessárias para ter bonificação na mensalidade. Nas contas pacote mais completas — a M e a L — a CGD não ocorre qualquer alteração de custos.
Levantar dinheiro com caderneta ao balcão passa a custar quase o triplo
Outra das alterações na atualização do preçário da CGD incide sobre a utilização da caderneta para fazer levantamentos ao balcão. Pouco mais de um ano depois de ter passado a cobrar por esse serviço, a instituição liderada por Paulo Macedo passa quase a triplicar o respetivo custo.
Os clientes que até agora se deslocavam a um balcão da CGD para proceder um levantamento de dinheiro recorrendo à caderneta pagavam um euro por essa operação (1,04 euros com IS). A partir de hoje, esse serviço vai passar a custar 2,75 euros, valor que após aplicado o IS ascende a 2,86 euros. Ou seja, 175% acima do valor que vigorava até agora.
Esta mexida insere-se num contexto em que os bancos procuram desincentivar os clientes de irem ao banco para realizarem operações que podem fazer com o recurso a outros meios, como é o caso das caixas multibanco.
Ainda assim, mantêm-se em vigor algumas isenções, sendo que há pequenas nuances. Segundo a CGD esta comissão continua a não ser aplicada no caso de a máquina da rede Caixa não existir ou se estiver avariada, se houver “manifesta incapacidade do cliente para a atualização de dispositivos automáticos”.
Mas também se o levantamento for feito numa conta à ordem cujo somatório dos rendimentos domiciliados seja de valor inferior a uma vez e meia o salário mínimo nacional, em que o primeiro titular tenha uma idade igual ou superior a 65 anos e um dos titulares tenha património financeiro com saldo médio igual ou inferior a 20 mil euros, mas a isenção só se aplica até dois levantamentos por mês. Antes o limite eram três levantamentos por mês.
Até dois levantamentos em conta base caderneta também são isentos deste encargo. Antes também eram três levantamentos. Contas de serviços mínimos bancários com suporte em caderneta também mantêm isenção.
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