Rangel não quis “discriminar concelhos” afetados por incêndios nem “explorar drama humano”
Depois de críticas por ter apenas sobrevoado as zonas ardidas nos incêndios, Paulo Rangel explica que quis "abranger o máximo de concelhos possível".
O cabeça de lista do PSD às europeias justificou esta terça-feira a opção de sobrevoar as áreas afetadas pelos incêndios de 2017 por não querer “discriminar concelhos” nem “explorar o drama humano”, respondendo a críticas de um autarca do PSD.
Em declarações aos jornalistas à entrada para um jantar-comício em Arganil (Coimbra), Paulo Rangel desvalorizou o facto de as críticas terem vindo de um autarca social-democrata, José Brito, presidente da Câmara de Pampilhosa da Serra, e estranhou o interesse no tema.
“Nem dou relevância a isso, nem sequer isso justifica que estejamos aqui este tempo todo”, afirmou. Perante nova pergunta se já tinha falado ou iria falar com o autarca em causa, Rangel voltou a dizer não compreender “a relevância do tema”, e considerou até “um pouco impertinente insistir nesse assunto”.
O presidente da Câmara da Pampilhosa da Serra considerou esta terça-feira “uma afronta” à população o voo de Paulo Rangel pelas zonas ardidas em 2017, criticando o facto de o candidato do PSD às eleições europeias não ter posto “os pés” no território.
O cabeça de lista do PSD começou por dizer que ficou satisfeito “por ver que querem tanto” a sua presença. “Fizemos uma visita técnica e política que teve dois critérios fundamentais: o primeiro foi não discriminar os concelhos, há muitos concelhos com esta situação e por isso fizemos uma visita que pudesse abranger todos e dar uma visão global da questão dos incêndios”, afirmou.
Por outro lado, defendeu, “o timbre do PSD” no tema dos incêndios tem sido “não explorar o drama humano”. “Com estas duas premissas, abranger o máximo de concelhos possível, e não fazer o aproveitamento dos dramas humanos, esta foi uma solução mais equilibrada”, considerou, defendendo que o voo de helicóptero que fez esta manhã pelas áreas ardidas em 2017 “foi muito útil”.
“Porque é que se havia de ir a Pampilhosa da Serra e não a Góis ou a outros concelhos?”, questionou, dizendo que “terá todo o gosto” de ir a este município após as eleições. O cabeça de lista do PSD às europeias, Paulo Rangel, sobrevoou esta terça-feira, de helicóptero, durante cerca de uma hora, territórios afetados pelos grandes incêndios de 2017, como Pedrógão Grande, Pampilhosa da Serra ou Lousã.
Durante a tarde, num dia muito centrado na temática dos incêndios e da proteção civil Paulo Rangel visitou uma empresa de produtos alimentares congelados, localizada em Tábua (Coimbra), que aproveitou a linha de crédito para as empresas localizadas nas zonas afetadas pelos fogos de 2017.
“Esta empresa é um bom exemplo de como se pode dinamizar a economia dos territórios afetados, que aproveitou para fazer a expansão quando havia regressão no território”, elogiou o cabeça de lista do PSD ao Parlamento Europeu. Rangel salientou que, nas propostas europeias do PSD, existe uma grande aposta “no crescimento económico através das Pequenas e Médias Empresas (PME)”.
“O que verificamos nos quatro anos do Governo Costa é que houve uma desistência das PME”, acusou, salientando que foi por uma emenda do PSD que o plano de investimento europeu passou a incluir uma cláusula sobre a coesão territorial. Ao final da tarde, Rangel visitou ainda o Museu do Azeite, na Bobadela, localizado no concelho de Oliveira do Hospital.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Rangel não quis “discriminar concelhos” afetados por incêndios nem “explorar drama humano”
{{ noCommentsLabel }}