Preocupações com guerra comercial fazem tremer Wall Street

À medida que a tensão entre a China e os Estados Unidos aumenta, os receios dos investidores crescem também e pressionam os mercados.

A guerra comercial continua a preocupar os mercados. Apesar de os Estados Unidos terem adiado temporariamente as sanções à Huawei, notícias de que já há mais uma empresa chinesa na mira fazem aumentar a incerteza dos investidores, preocupados com as retaliações. Wall Street fecha em baixo, penalizado pelo setor tecnológico e pelo retalho.

Depois da Huawei, o alvo de restrições comerciais por parte dos Estados Unidos deverá ser uma fabricante chinesa de equipamentos de videovigilância, Hikvision. Numa altura de elevada tensão entre as duas potências mundiais, em que os aumentos nas tarifas sobre os produtos importados se começam a sentir, os receios crescem.

Perante esta incerteza, os índices fecharam em terreno vermelho. O industrial Dow Jones caiu 0,39% para os 25.775,73 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq recuou 0,45% para os 7.750,58 pontos. Já o alargado S&P 500 desceu 0,28% para os 2.856,25 pontos.

A Qualcomm foi das mais penalizadas, após ser conhecida a decisão do juiz num processo sobre práticas anticoncorrenciais da empresa. A conclusão foi que a Qualcomm cobrou a outras empresas preços demasiado altos pelas licenças para usar a sua tecnologia. Os títulos da empresa caíram 10,86% para os 69,31 dólares.

Outra das tecnológicas sob pressão é a Apple, que recuou 2,05% para os 182,78 dólares. Por outro lado, a travar maiores perdas, a Netflix avançou mais de 1%, e o Facebook subiu 0,27%. As restantes “gigantes” tecnológicas da bolsa, a Alphabet, dona da Google, e a Amazon registaram ganhos ligeiros de 0,12%.

No retalho, a Target brilhou depois da apresentação de resultados. Avançou 7,71% para os 77,56 dólares. Mas as quedas da Nordstrom, de 9,25%, da Lowe’s, de 11,85%, pesaram mais na balança do setor.

As minutas da reunião da Fed, que normalmente fazer movimentar os mercados, foram divulgadas nesta tarde, mas não tiveram grande impacto em Wall Street. A autoridade monetária norte-americana sinalizou que deveria manter a posição “paciente” face futuros ajustes da taxa diretora. É de ressalvar, no entanto, que a reunião tomou lugar antes do agudizar das tensões comerciais entre a China e os Estados Unidos.

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