“Contexto favorável de audiências” vai ajudar emissão de dívida da SIC. Taxa de 4,5% é “adequada”, diz Francisco Pedro Balsemão ao ECO
A Impresa, dona da SIC, está confiante no sucesso da operação de financiamento que lançou no mercado através da sua estação de televisão. Marca da estação de televisão ajuda, mas audiências também.
A SIC quer obter um financiamento de 30 milhões de euros junto de pequenos investidores, procurando tirar partido do “contexto favorável de audiências”. Quem o diz é Francisco Pedro Balsemão que, em declarações ao ECO, mostra-se confiante que a operação será “bem-sucedida”, contando para isso também com uma taxa de juro que classifica de “adequada” para a estreia nestas emissões de um operador de comunicação social em Portugal.
“A oferta pública de subscrição das obrigações SIC 2019-2022 é lançada num contexto que consideramos favorável, tanto ao nível de mercado como no que respeita à melhoria recente dos resultados operacionais”, diz o CEO da Impresa. Mas também à luz da melhoria das audiências da SIC que, este ano, tem conseguido suplantar consecutivamente a sua rival de Queluz de Baixo, a TVI.
Esse crescimento das audiências da estação de televisão de Paço de Arcos ajuda a explicar a escolha da Impresa quanto à empresa que realiza esta emissão, operação que se enquadra no “plano de tesouraria e reforço rigoroso da estrutura financeira” que a dona da SIC tem em marcha.
“A SIC é uma marca conhecida e que é acedida diariamente por milhões de portugueses, de acordo com dados da GfK/CAEM e da Netscope”, diz Francisco Pedro Balsemão, rematando que essa foi a razão pela qual escolheu “realizar a emissão através desta empresa” — recorrendo também a caras da estação, como Cristina Ferreira. A expectativa da SIC é de que tal como acontece, por exemplo, com as SAD, os espetadores possam vir a transformar-se em investidores, ajudando a oferta a ser “bem-sucedida”.
"Consideramos que a taxa de juro é a mais adequada para esta operação, tendo em conta que é a primeira emissão dirigida ao retalho não apenas pela SIC como também por um operador de comunicação social em Portugal.”
A emissão de obrigações da SIC chega ao mercado em breve. O período de subscrição arranca a 17 de junho, prolongando-se até 4 de julho, contando com um investimento mínimo de 1.500 euros para que os investidores possam ter acesso a um juro de 4,5%, uma taxa que considera “que é a mais adequada para esta operação, tendo em conta que é a primeira emissão dirigida ao retalho não apenas pela SIC como também por um operador de comunicação social em Portugal”.
Francisco Pedro Balsemão recorre também a operações recentes para justificar a classificação que faz da taxa que a SIC está a oferecer nesta emissão. “As mais recentes emissões no mercado, por novos players, também assim o justificam, por exemplo, nos casos da TAP (4,375%) e da Mota Engil (4,5%, em novembro de 2018)”, nota.
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