Petróleo acelera. Brent já vai nos 52 dólares

O barril continua a valorizar depois do acordo para um corte na produção da matéria-prima por parte da OPEP. A cotação pode acentuar os ganhos, com os analistas a apontarem para os 60 dólares.

O petróleo está a acentuar os ganhos. Depois da forte subida registada após o anúncio de um acordo para a redução da oferta por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), a matéria-prima passou os 50 dólares em Nova Iorque. Já vai em 52 em Londres. E pode chegar aos 60 dólares.

O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, chegou a disparar 10% na última sessão. Está a valorizar quase 1% nesta sessão, estando a cotar nos 49,88 dólares, enquanto em Londres o barril está já bem acima dos 52 dólares. O Brent avança 0,66% para 52,18 dólares, de acordo com os dados da Bloomberg.

Os três principais produtores do cartel — Arábia Saudita, Iraque e Irão — resolveram as diferenças em relação a este corte de produção. O cartel vai reduzir a produção em 1,2 milhões de barris por dia para 32,5 milhões por dia, confirmou um delegado da OPEP, citado pela Bloomberg, em Viena, na Áustria.

Apesar de haver sempre dúvidas quanto ao compromisso dos países quanto ao corte, os investidores estão a atribuir grande credibilidade ao compromisso assinado pelos membros da OPEP. E os analistas antecipam que se for cumprida, a diminuição da oferta tem potencial para puxar ainda mais pelos preços.

O Goldman Sachs vê o petróleo a superar os 60 dólares. O barril pode valorizar seis dólares face à estimativa do banco de investimento de 55 dólares para o WTI e 56,50 dólares para o Brent na primeira metade de 2017. Isto se o corte se verificar, e se este for acompanhado por uma redução da oferta de países externos à OPEP como a Rússia.

Travão à subida

Apesar das projeções iniciais serem de uma valorização da matéria-prima no curto prazo, são já vários os analistas que antecipam que esta tendência poderá inverter-se em meados do próximo ano.

O Morgan Stanley antecipa que a subida das cotações leve a aumento da produção nos EUA, por parte dos produtores de petróleo de xisto, o que poderá travar os preços. O próprio Goldman Sachs prevê que os preços do petróleo possam, pelo mesmo motivo, voltar aos 50 dólares depois de tocar nos 60 dólares.

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