Companhias internacionais de aviação deixam de sobrevoar o Golfo Pérsico
Devido ao abate de um drone norte-americano por forças iranianas, os EUA interditaram os voos das companhias aéreas na zona do Irão. Trump qualificou de "grande erro o derrube do aparelho".
Os Estados Unidos interditaram esta sexta-feira os voos das companhias aéreas norte-americanas na zona onde o Irão abateu um aparelho não tripulado (drone), uma decisão que foi também anunciada de seguida por várias companhias aéreas internacionais.
Além das companhias dos Estados Unidos, a holandesa KLM, a alemã Lufthansa, a britânica BritishAirways, a australiana Qantas, e a Etihad de Abu Dabi foram as companhias que, até ao momento, tomaram a mesma decisão.
De acordo com a Administração Aeronáutica Federal (FAA, na sigla inglesa) dos Estados Unidos, o espaço aéreo do Irão assim como a zona entre o Golfo Pérsico e o Estreito de Ormuz ficam interditadas às ligações norte-americanas, “até nova ordem”.
A restrição é justificada pelo organismo com o “aumento das atividades militares e da tensão política na região”, que representa um risco para as operações da aviação civil norte-americana.
Fonte da FAA acrescenta que se pode vir a verificar um erro de “identificação” dos aviões civis na região, referindo-se diretamente ao abate do aparelho militar não tripulado pelo Irão.
Teerão diz ter recolhido os destroços que provam que o drone é norte-americano, mas o presidente dos Estados Unidos qualificou de “grande erro” o derrube do aparelho, enquanto a Casa Branca se escusou a fazer mais comentários sobre o incidente.
Depois do anúncio da instituição que regula a aviação civil norte-americana, a KLM anunciou que os voos da companhia holandesa vão evitar sobrevoar o Estreito de Ormuz “por motivos de segurança”: na sequência do derrube do avião não tripulado.
Um especialista aeronáutico holandês, Joris Melkert, disse à estação de televisão NOS que “se outras companhias seguirem as medidas da KLM” vão sentir-se consequência nas ligações entre a Europa e a Ásia porque vai ser preciso escolher uma “rota diferente que vai tornar o trajeto mais longo” obrigando os aparelhos a usarem mais combustível.
Nas últimas horas outras companhias internacionais anunciaram também que vão evitar a rota sobre a zona de Ormuz.
A companhia alemã Lufthansa disse que vai suprimir os voos com rota sobre Ormuz e Golfo Pérsico, mas que vai manter as ligações com a capital do Irão.
A empresa Etihad, de Abu Dabi informou que depois do incidente vai aplicar um “plano de contingência” que prevê evitar o espaço aéreo iraniano no Golfo Pérsico e Ormuz.
A australiana Qantas anunciou também que vai definir novas rotas para não sobrevoar a mesma zona assim como a British Airways que vai tomar as mesmas medidas.
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