Europa fecha no vermelho sem novidades sobre tensões comerciais. Lisboa cai 0,81%

Arrefecem expetativas de avanços positivos nas tensões comerciais, com principais bolsas europeias a fechar em queda. PSI-20 fecha com doze cotadas no vermelho.

O PSI-20 não escapou ao sentimento negativo que assolou esta segunda-feira as principais praças europeias, que arrancaram a semana com perdas. O índice lisboeta recuou 0,81% para 5.084,74 pontos, com 12 cotadas no vermelho. Os receios face às tensões entre os Estados Unidos e a China e o Irão continuam a pesar na confiança dos investidores, assim como a desvalorização registada pelo petróleo.

Na Alemanha, e além das preocupações com o quadro geopolítico global, também o profit warning emitido pela Daimler, dona da gigante Mercedes, pesou na negociação esta segunda-feira, com o Dax a registar uma queda de 0,68%, para 12.255,51 pontos, o recuo mais significativo entre os principais índices europeus, onde a única exceção foi o Footsie, que ganhou 0,1%. A Daimler caiu 3,82% ao longo do dia.

Em França, o CAC40 perdeu 0,2%, o Ibex espanhol caiu 0,4% e o índice que reúne as 600 maiores empresas europeias, o Stoxx600 perdeu 0,3%.

As cotadas portuguesas que mais sofreram ao longo de esta segunda-feira foram os CTT (-1,87%), Semapa (-1,75%) e Mota-Engil (-1,65%), sendo de destacar o mau comportamento do setor energético como um todo: EDP Renováveis, EDP, REN e Galp Energia fecharam todas no vermelho. Já a Sonae Capital viu o título ganhar 2,95%.

O mau arranque da semana nos principais mercados europeus está a ser atribuído essencialmente a um certo arrefecer de expectativas que surjam desenvolvimentos positivos na guerra comercial entre Estados Unidos e China durante o encontro do G20 esta semana, no Japão.

“O G20 está a transformar-se num jogo de poker de alto risco, e se a linha lateral de negociações entre Trump e Xi falar e provocar uma escalada nas tarifas, as chances de uma recessão global aumentam exponencialmente”, comentou Stephen Innes, da Vanguard Markets, citado pela Reuters.

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