Carlos Oliveira nomeado conselheiro do Conselho Europeu da Inovação
Para além da nomeação do ex-secretário de Estado, a Comissão Europeia anunciou a atribuição de 149 milhões a empresas que estão desenvolver inovações disruptivas. Seis dessas empresas são portuguesas.
O ex-secretário de Estado Carlos Oliveira foi nomeado esta quinta-feira pela Comissão Europeia como conselheiro do Conselho Europeu de Inovação (CEI). É o único português num grupo de 22 peritos.
Carlos Oliveira, presidente executivo da Fundação José Neves (Farfetch), ex-Presidente da Invest Braga e ex-secretário de Estado da Inovação, será um dos membros do Conselho Consultivo, que será presidido por Mark Ferguson, empresário e Presidente da Fundação da Ciência na Irlanda.
“É um prazer e uma enorme responsabilidade fazer parte do Conselho Consultivo do Conselho Europeu de Inovação e participar na definição do futuro da inovação na Europa”, diz Carlos Oliveira.
“Acredito que a inovação é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento da Europa e espero que este organismo possa contribuir para uma mudança no ecossistema empreendedor e inovador e que permita à Europa voltar a assumir a liderança mundial no que diz respeito à inovação“, salienta o responsável, citado num comunicado de imprensa.
"Com o CEI, estamos a colmatar uma lacuna crítica no financiamento do ecossistema da inovação e a colocar a Europa na vanguarda da inovação geradora de mercados. Congratulo-me com o facto de o CEI vir a ser aconselhado por alguns dos melhores inovadores e investidores da Europa, e estou certo de que conseguiremos atrair gestores de programas talentosos para levar a cabo estes projetos.”
O CEI ainda está em fase-piloto mas a partir de 2021 será uma realidade no no âmbito do próximo programa de investigação e inovação da União Europeia, Horizonte Europa, com uma proposta de orçamento de 100 mil milhões de euros para o período 2021/2027.
Seis empresas portuguesas financiadas
A Comissão Europeia anunciou, ao mesmo tempo, a atribuição de 149 milhões de euros para financiar 83 PME e empresas em fase de arranque (start-up). Estas empresas vão receber apoio financeiro e técnico no âmbito do projeto-piloto Accelerator do Conselho Europeu da Inovação (CEI), anteriormente conhecido como Instrumento para PME-Fase 2.
Entre estas empresas financiadas, encontram-se seis empresas portuguesas, que, tal como as demais, estão a desenvolver inovações disruptivas.
- A MyDidimo, de Leça da Palmeira será financiada com 1.8 milhões de euros. Conhecida por transforma fotografias em humanos tridimensionais digitais (os didimos) com múltiplas aplicações em linha – por exemplo com esta app é possível vermos se a roupa que compramos na Internet nos fica bem.
- A Nuada, de Braga, desenvolveu uma luva eletrónica inteligente que permite levantar pesos até 40 kg protegendo as mãos do utilizador através de um sistema de tendões artificiais. Destina-se tanto a idosos ou vítimas de AVC como a trabalhadores em atividades pesadas (linhas de montagem, construção civil, etc.). Vai receber um financiamento de 1.7 milhões de euros.
- A empresa Winegrid, de Aveiro, vai receber um financiamento de 1.59 milhões de euros. A Winegrid utiliza a inteligência artificial num sistema de sensores de fibra ótica para a monitorização em tempo real das propriedades do vinho durante a vinificação.
- A Cleverly, de Lisboa, desenvolveu o COALA, um software baseado em inteligência artificial para responder a chamadas telefónicas em serviços de apoio a clientes, resultando em ganhos de eficácia e redução de custos para as empresas. Receberá 1.5 milhões de euros de financiamento.
- A Pro Drone, também de Lisboa, criou um drone capaz de simplificar as operações de inspeção de turbinas eólicas e vai receber um financiamento de 1.3 milhões de euros.
- A Sound Particles, de Leiria, vai receber um financiamento de 1.2 milhões de euros. Desenvolveu um software para áudio em 3D, com múltiplas aplicações em cinema, jogos de vídeo e música.
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