Capitais próprios da mutualista Montepio caem para metade em 2018
As contas consolidadas de 2018 da mutualista Montepio mostram uma quebra dos capitais próprios para 260 milhões e uma queda acentuada dos lucros, de 831 milhões de euros para apenas um milhão.
A Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) vai discutir as contas consolidadas de 2018 na próxima semana em assembleia-geral. Os resultados do ano passado mostram uma deterioração dos capitais próprios, bem como uma acentuada queda dos lucros, avança o Jornal de Negócios (acesso pago). Já em dezembro do ano passado, o ECO tinha revelado em primeira mão a queda dos lucros da associação.
Os capitais próprios da mutualista caíram, em 2018, para metade, em comparação com o ano anterior. “Os capitais próprios consolidados apresentam um valor de 260 milhões de euros, bem aquém do valor verificado em 2017”, de 527 milhões, refere a associação liderada por Tomás Correia nas contas consolidadas.
A quebra nos capitais deve-se, sobretudo à aplicação da IFRS 9 — nova norma de instrumentos financeiros que introduziu alterações significativas na classificação dos ativos financeiros e no registo de imparidades — que, desde 2018, passou a ser aplicável a todas as empresas e não apenas a instituições financeiras. Para a associação mutualista, esta alteração teve um impacto negativo de 129 milhões de euros no ano passado ao nível dos capitais próprios.
Mas, não foram só os capitais próprios a registar uma quebra. Os lucros afundaram, passando de 831 milhões de euros, em 2017, para apenas um milhão, no ano passado. Isto depois de a dona do Banco Montepio ter beneficiado, em 2017, do registo de ativos por impostos diferidos num montante de perto de 800 milhões de euros.
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