Itália: Projeções dão vitória ao não com 56 a 60% dos votos

Moeda europeia já está em queda, depois de as primeiras projeções indicarem que o "não" terá ganho no referendo em Itália. Renzi deverá demitir-se.

De acordo com as primeiras projeções do IPR Marketing-Piepoli Institute para a RAI , o “não” terá ganho o referendo em Itália. Os italianos escolheram não avançar com a revisão constitucional, o que deverá resultar na demissão do primeiro ministro italiano, Renzi, que deverá falar às 00:30 (23:30 em Portugal), segundo o jornal Corriere della Sera. As projeções dão conta de que o não deverá ter vencido com 56 a 60% dos votos.

Uma participação recorde de 69,1%, Itália votou através de referendo para aprovar ou rejeitar uma reforma constitucional que pretende sobretudo reduzir os poderes do Senado. No entanto, aquilo que era apenas uma alteração de leis rapidamente ganhou escala: as atenções viraram-se para a liderança de Renzi. O primeiro-ministro prometeu demitir-se se o ‘não’ ganhasse.

Cerca das 19 horas (menos uma em Portugal), mais de 57% dos italianos já tinham ido às urnas, de acordo com dados do Ministério do Interior.

Com a vitória do “não”, os partidos eurocéticos podem ganhar algum espaço, com os analistas a admitirem cenários que podem passar pela saída da moeda única ou até mesmo o Italexit.

Nos mercados, o euro e a libra já começaram a descer, fruto das primeiras projeções que dão a vitória ao “não”.

A história, passo a passo

O bloqueio político em Itália começou com a aprovação da primeira versão da reforma, pelo Senado, a 15 de abril de 2014. O documento é aprovado com dois terços dos votos, um ano depois, mas os números não são suficientes para evitar o referendo. A 26 de setembro de 2016, o socialista Renzi marca o referendo para 4 de dezembro, depois de uma campanha pelo “sim” que recolheu 500.000 assinaturas.

Pouco menos de uma hora depois de serem conhecidas as primeiras projeções, os partidos Liga Norte e Forza Italia pediam a demissão imediata de Matteo Renzi. Ao contrário do esperado, as primeiras declarações do primeiro ministro italiano foram feitas via Twitter.

Poucos minutos depois, Renzi anunciava que apresentaria a demissão esta segunda-feira. “A minha experiência no Governo termina aqui”, referiu.

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