Ryanair corta previsões para verão de 2020. A culpa é dos Boeing 737 Max
A Ryanair espera ver o número de passageiros crescer apenas 3%, no verão do próximo ano, e já não 7% como tinha inicialmente estimado.
A irlandesa Ryanair cortou as previsões do número do passageiros a transportar no verão do próximo ano face às incertezas geradas em torno dos aviões Boeing 747 Max. De acordo com a Reuters, a transportadora estima agora crescer, durante o período em causa, apenas 3% e já não 7%, como tinha previsto inicialmente. A Ryanair deverá ainda encerrar a sua operação em alguns aeroportos, acrescenta o The Guardian.
A transportadora aérea encomendou à americana Boeing 135 aviões 737 Max, modelo que está atualmente impedido de voar depois dos acidentes recentes, na Indonésia e na Etiópia, que resultaram na morte de 346 pessoas. A Boeing já fez alterações ao software usado por esses aviões, mas ainda não recebeu “luz verde” do regulador, que continua a duvidar da segurança dessas aeronaves. É, por isso, expectável que a entrega dos referidos 135 aviões sofra alguns atrasos.
Perante este cenário, a Ryanair cortou as previsões do número de passageiros a transportar no verão de 2020, tendo revisto em baixa o ritmo de crescimento nesse período de 7% para 3%. No total do ano que terminará em março de 2021, a irlandesa estima transportar 157 milhões de passageiros, número que compara com os 162 milhões inicialmente estimados.
Além disso, os atrasos na entrega dos novos aviões deverão ser sinónimo de redução de pessoal em algumas das bases em que a Ryanair opera, bem como do encerramento das atividades em outras, durante o inverno e no próximo verão. A avaliação dessas bases já arrancou, tendo em vista a identificação daquelas que serão encerradas em novembro, garantindo a transportadora que este processo será acompanhado por negociações com o pessoal e os sindicatos.
Sobre os aviões da Boeing, o CEO da Ryanair disse esta semana: “A Ryanair mantém-se comprometida com as aeronaves 737 Max e espera agora que voltem a voar antes do final de 2019. Contudo, a data exata desse regresso mantém-se incerta”.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Ryanair corta previsões para verão de 2020. A culpa é dos Boeing 737 Max
{{ noCommentsLabel }}