Costa desvaloriza auditoria do Tribunal de Contas sobre Pedrógão. “Press releases costumam ser mais dramáticos do que a realidade”

Primeiro-ministro defende trabalho desenvolvido pelo fundo Revita no auxílio às populações afetadas pelos incêndios de Pedrógão Grande, depois do Tribunal de Contas criticar aplicação de donativos.

O primeiro-ministro recusou esta manhã as críticas do Tribunal de Contas à gestão do fundo Revita. Sublinhando que só conhece os resultados da auditoria por via da comunicação social, António Costa diz que o relatório se baseia em “suposições” e fala de “dúvidas metodológicas sobre situações”.

“Do que pude ler, aliás na própria comunicação social, não vi uma única acusação concreta de má utilização dos fundos, vi suposições”, afirmou o primeiro-ministro em entrevista à Rádio Observador, sublinhando que “não é correto” dizer que não foram definidos concretamente os objetivos de fundo Revita.

“Os objetivos de utilização das verbas foram claramente definidos, eram para apoio de primeiras habitações. A parte mais crítica é relativamente aos apoios agrícolas: É não ter mesmo consciência do que se passava no terreno nessa altura, da quantidade de prejuízos que muitos pequenos proprietários tiveram“, explicou António Costa, sublinhando que os apoios atribuídos pelo ministério da Agricultura e da União Europeia “implicam uma carga burocrática gigantesca”.

Lembrando que as investigações do Ministério Público se centram nos apoios atribuídos fora do fundo Revita e são relativos à atribuição de habitações, representando “uma ínfima parte” dos apoios dados à reconstrução de habitações, Costa insistiu na ideia que “não [viu] um único caso de má utilização de fundos”. “Se houve, o Tribunal de Contas fará o que lhe compete que é participar ao Ministério Público. Mas até agora não vi um único caso, vi dúvidas metodológicas sobre a situação”.

Para concluir, o primeiro-ministro promete “ler o relatório com serenidade”, mas reforça a crítica ao TdC: A experiência tem-me dito que os press release do TdC costumam ser bastante mais dramáticos do que aquilo que é a realidade efetiva do relatório”.

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