Da estrela da Mercedes ao leão da Peugeot, Injex produz mais de 50 milhões de logótipos em Famalicão. Empresa investe meio milhão
Empresa de plástico injetado de Famalicão investiu meio milhão para aumentar fábrica e digitalizar processos. Injex produz logos para a Jaguar, Mercedes, Volvo, Renault e Peugeot e quer exportar mais.
Jaguar, Land Rover, Mercedes, Volvo, Renault, Peugeot, e Citroën são algumas das marcas automóveis que têm os seus símbolos fabricados em Portugal, mais exatamente em Vila Nova de Famalicão. A estrela de três pontas da Mercedes, por exemplo, é apenas um dos milhões de logótipos que a Injex produz anualmente.
A empresa “está prestes a concluir um programa de investimentos de 500 mil euros que permitirá aumentar por quatro as suas exportações”, refere a Injex em comunicado. O objetivo é aumentar os mais de 50 milhões de peças de plástico injetado que produz anualmente, mas também ampliar a área fabril (a área coberta ocupa agora 750 metros quadrados), modernizar e aumentar o parque de máquinas e digitalizar o processo produtivo.
Mas nos planos da empresa, criada há 16 anos por José Pinheiro de Lacerda, está “adquirir uma unidade de bi-injeção de plásticos e passar a oferecer tecnologia de alto brilho na produção em série”.
A Injex, que faturou 1,2 milhões de euros em 2018 e vende para sete países, tem conta com apoios dos fundos comunitários. O atual investimento em curso teve um cofinanciamento de 257 mil euros do Compete 2020 — 65,57 mil euros para reduzir a dependência do mercado nacional, aumentar as exportações e a presença na economia nacional e 191,46 mil euros para aumentar “a capacidade de resposta pelo reforço do parque de máquinas e da instalação fabril; posicionar-se num mercado de valor acrescentado que lhe permita a prestação de serviços altamente especializados a montante, desde a fase da conceção e apostar na produção de peças diferenciadas.
Mas a empresa não trabalha apenas para a indústria automóvel, produz também componentes para máquinas e peças para a indústria. O esforço para inovar é constante, até porque o mercado assim o exige. Desde o exercício de 2016 a Injex investe cerca de 70 mil euros anuais (mais de
5% das vendas) em investigação e desenvolvimento, o que é, segundo Pinheiro de Lacerda, está “muito acima do montante médio para uma PME industrial, de acordo com os padrões da Agência Nacional de Inovação”.
É nesta lógica de “incorporar tecnologias cada vez mais avançadas e modernas no processo produtivo” que se insere o objetivo de comprar uma unidade de bi-injeção de plásticos. Desenvolvimento e construção de moldes, fabricação de componentes termoplásticos injetados e controlo automático destas componentes têm sido alguma das apostas que a empresa tem feito em termos de inovação produtiva. Assim como a digitalização do processo produtivos. Por exemplo, nos armazéns já não há papel e a comunicação com os clientes é integralmente digital.
França é o principal mercado
A Injex, que tem 30 trabalhadores, exporta para sete países e o valor das vendas para o exterior cresceu sete vezes nos últimos cinco anos. França é o principal mercado da empresa nortenha fruto da importância que o país representa na indústria automóvel. A empresa assinou recentemente um protocolo com um parceiro estrangeiro para fornecer “dois grandes fabricantes de máquinas” franceses.
A nível global está previsto que as exportações alcancem este ano os 240 mil euros, o que irá representar mais de 17% do volume de negócios, quase 1,4 milhões de euros.
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