Sem efeitos extraordinários, lucro do BPI afunda 63%

Banco liderado por Pablo Forero registou resultados líquidos de 134,5 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano. Comparação é negativa dada a ausência de efeitos extraordinários.

O BPI apresentou um resultado consolidado positivo de 134,5 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano. Registou uma forte quebra nos lucros, mas esta é explicada com operações extraordinárias registadas no arranque do ano passado, bem como à alteração de contabilização do BFA.

“Na comparação com o semestre homólogo de 2018, deverá ter-se em consideração que a evolução do resultado consolidado (-63%) é muito influenciada por impactos positivos extraordinários registados no primeiro semestre de 2018 (+118 milhões de euros, essencialmente ganhos com a venda de participações) e que não se repetiram em 2019“, refere o banco liderado por Pablo Forero.

A instituição do CaixaBank explica também esta quebra com “a alteração da classificação contabilística do BFA no final de 2018, pelo que o resultado consolidado passa a refletir apenas os dividendos do BFA”. E nestes primeiros seis meses, o banco angolano contribuiu co 38,1 milhões, mais do que os 9,5 milhões referentes à à participação financeira do BPI em Moçambique, no BCI.

O banco nota que o “lucro líquido recorrente da atividade registada em Portugal alcançou os 86,9 milhões de euros, o que corresponde a uma redução homóloga de 17% muito explicada por imparidades de 11 milhões de euros em fundos de recuperação e redução em 5 milhões dos lucros em operações financeiras e outros proveitos”.

Mais crédito, mais depósitos (e mais margem)

O BPI revela que a “carteira total de crédito a clientes (bruto) aumentou 336 milhões de euros no primeiro semestre de 2019″, tendo crescido 1,4% para 23.823 milhões de euros”, evolução que permitiu ao banco apresentar uma melhoria de 3,7%, em termos homólogos, na margem financeira.

“O volume total de crédito a empresas em Portugal registou um crescimento de 6,8% para 9.424 milhões de euros”, diz o banco, notando que a variação da carteira líquida de crédito às empresas ascendeu a 135 milhões de euros neste primeiro semestre (+1,5%)”.

Nos particulares, a carteira de crédito à habitação encolheu 0,5% para 11.112 milhões de euros, apesar do crescimento de 26% da nova concessão. Já a “carteira de crédito ao consumo cresceu 7,5% face a dezembro de 2018, alcançando 1.491 milhões. A contratação de novo crédito ao consumo registou uma subida de +17% no segundo trimestre, face ao trimestre anterior”, conclui.

(Notícia atualizada às 8h11 com mais informação)

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