Rede de emergência vai ter 374 postos. Abastecimento limitado a 15 litros
Greve dos motoristas de matérias perigosas está marcada para a próxima segunda-feira e o Governo já decretou os serviços mínimos e avançou os detalhes da rede de emergência.
A Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (REPA) de combustível durante a greve dos motoristas de matérias perigosas vai contar com 374 postos. O abastecimento vai ser limitado a 15 litros de combustível por pessoa, anunciou o ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes.
“A REPA irá funcionar com 54 postos prioritários e 320 postos para utilizadores comuns, ainda que com local específico para veículos prioritários. A rede entrará em funcionamento à meia-noite de dia 12, mas a preparação e divulgação da rede começará antes“, explicou Matos Fernandes na conferência de imprensa desta tarde. O governante explicou que será afixado em todos os postos de combustível do país as localizações das bombas REPA, “à imagem do que se faz nas farmácias, com as farmácias de serviço”, exemplificou.
O Governo decretou esta quarta-feira os serviços mínimos para a greve marcada para a próxima segunda-feira, que vão variar entre 50% e 75%, além de 100% para serviços essenciais, que incluem o abastecimento da REPA.
O responsável pela pasta do Ambiente e Transição Energética revelou ainda que os 374 postos da rede de emergência manterão o volume máximo de abastecimento em 15 litros. Nas restantes bombas de abastecimento, os condutores não são vedados na quantidade que podem comprar, mas não é garantido que continuem a ter combustível disponível. “Nos outros postos não existe nenhuma limitação. É a do bom senso. Nos postos da REPA nós garantimos o abastecimento“, explicou.
A rede foi ajustada à maior procura pelo período de férias, pelo que terá mais postos do que seria normal na região do Algarve: serão 22 postos na região, contra os oito previstos na rede normalmente. “No caso do Algarve foi pensada a sazonalidade e há quase o triplo do que seria normal“, referiu o Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva.
A decisão do Governo surge depois de um último esforço negocial ter sido encetado na última segunda-feira, dia em que o Ministério das Infraestruturas e Habitação (MIH) propôs uma via alternativa de diálogo, que passaria por ser o próprio Executivo a assumir o desenho da convenção coletiva para o setor que, posteriormente, seria aprovada ou não por patrões e sindicatos.
Contudo, a irredutibilidade dos sindicatos independentes de motoristas, os avanços significativos que a Fectrans tem conseguido nas suas negociações com a Antram e a crescente perceção que a greve destes motoristas é cada vez menos compreensível para os residentes em Portugal levaram o Governo manter em aberto a opção de lançar um alerta energético.
Se for assinado o despacho a decretar crise energética, é possível convocar de imediato os trabalhadores do setor público e privado habilitados para a condução de veículos pesados para compensar a greve dos motoristas, além dos militares da Força Aérea, Exército ou Marinha.
(Notícia atualizada às 19h45)
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