Ações do BCP caem 2% após ficar com participação na Pharol. Já estão em mínimos de dois anos

O banco abriu a sessão em bolsa em alta, mas não aguentou os ganhos. Segue a perder e arrasta o PSI-20 para terreno negativo.

Apesar de ter aberto a sessão a valorizar mais de 1%, menos de duas horas depois, as ações do BCP afundam para mínimos de quase dois anos. O banco liderado por Miguel Maya inverteu o sentimento após o anúncio de que passou a deter 9,99% dos direitos de voto da Pharol em resultado do incumprimento da High Bridge face a um financiamento concedido pelo BCP.

O banco comunicou ao mercado que acionou o direito que lhe confere quase 10% do capital da Pharol, por “imputação de direito de voto na qualidade de credor beneficiário de penhores financeiros”. Para já, trata-se apenas de uma imputação de direitos de voto que incidem sobre ações (que continuam a ser detidas pela High Bridge), mas o banco poderá vir a apropriar-se das ações ou exercer os respetivos direitos de voto.

Os investidores não pareceram agradados pela novidade. O BCP afunda 2,2% em bolsa para 20,42 cêntimos por ação, tendo já tocado os 20,38 cêntimos, o valor mais baixo desde o dia 12 de setembro de 2017.

BCP cai 2% na bolsa de Lisboa

O banco liderado por Miguel Maya mantém assim o sentimento negativo que imperava na semana passada. Desde dia 17 de julho, as ações do BCP valorizaram apenas em duas sessões e fecharam na sexta-feira a quinta semana consecutiva de perdas. Em menos de um mês, desvalorizou quase 30% e perdeu mais de 1,5 mil milhões de euros em capitalização bolsista, que se situa atualmente em 3,15 mil milhões de euros.

Apesar do aumento dos lucros, as perspetivas de a descida nos juros pelo Banco Central Europeu penalizar o setor pressionou as ações. Mais recentemente, sucumbiu ao sentimento negativo generalizado nas ações devido à guerra comercial e à tensão criada pela queda do Governo italiano. As quedas do BCP têm sido, a par da tendência de perdas a nível internacional, uma das razões para as desvalorizações do PSI-20. Esta segunda-feira, o índice de referência nacional cai 0,43% para 4.838,20 pontos.

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