Governo apresenta estratégia para o 5G no dia 13 de setembro, em Coimbra
O evento oficial "Portugal 5G" irá realizar-se em Coimbra a 13 de setembro e deverá servir para o Governo apresentar a estratégia nacional para a nova era das telecomunicações.
O Governo vai promover em Coimbra um evento oficial dedicado ao 5G, que reunirá os principais players do setor nacional das telecomunicações e da indústria da tecnologia. A iniciativa irá realizar-se a 13 de setembro e vai servir para apresentar a estratégia nacional para o 5G, um dos passos tidos como necessários rumo à quinta geração de rede móvel.
O Executivo já tinha prometido que iria apresentar o documento durante o mês de setembro. Mas agora há uma data concreta. Fonte oficial do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas confirmou ao ECO que, durante o encontro Portugal 5G, será “apresentada a perspetiva do Governo para o 5G e feito o balanço da situação em Portugal”.
Além da estratégia do Governo para esta nova era, a bola está do lado da Anacom na definição do modelo de atribuição de licenças às operadoras. Ao que o ECO apurou, este trabalho está a ser feito pelo regulador e deverá passar por um leilão de licenças, mas ainda não há qualquer confirmação. Até porque ainda falta libertar uma parte do espetro que se encontra ocupado pela Televisão Digital Terrestre (TDT), serviço que vai ter de passar para outra faixa.
Esta notícia surge numa altura em que a Altice Portugal tem levantado a voz contra aquilo que considera ser um atraso de seis meses na implementação do 5G no país, uma tecnologia vista como crítica para a competitividade das nações. “Estamos completamente na cauda da Europa, ninguém sabe hoje qual é o calendário, qual o mecanismo para atribuição do espetro, quais são as frequências, como vamos fazer em relação a Lisboa, qual vai ser a obrigatoriedade de cobertura geográfica”, disse o presidente executivo da empresa que detém a Meo no início de agosto.
Em causa está a meta da Comissão Europeia, que quer que exista uma cidade com 5G em cada Estado-membro da União Europeia até ao final do primeiro semestre de 2020. No entanto, um outro assunto que preocupa as operadoras é o custo elevado a que as licenças estão a ser leiloadas noutros países. E o próprio Alexandre Fonseca, em outubro de 2018, também tinha dito que não havia, à data, uma “necessidade evidente” de implementar o 5G, tendo salientado que as licenças não deveriam ser vistas como “a cash cow do Estado”.
Em junho, o Estado alemão arrecadou 6,6 mil milhões de euros com a venda de licenças. Um investimento avultado que forçou a Vodafone a cortar os dividendos pagos aos acionistas pela primeira vez na história da empresa, como contou o Financial Times (acesso pago) num extenso artigo publicado no início deste mês. A rede 5G, tecnologicamente mais exigente do que o 4G, deverá chegar por fases. Espera-se que sirva de base à nova era da indústria, com a proliferação de máquinas automáticas ou controladas remotamente, dos carros autónomos, entre outras novidades.
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