Antram diz que acordo depende do que as empresas podem pagar

  • ECO
  • 19 Agosto 2019

Porta-voz dos patrões não antecipa cenários para as negociações com o sindicato, mas diz que "a baliza num processo negocial deve ser aquilo que as empresas podem suportar".

O porta-voz da Associação de Empresas de Transportes e Mercadorias (Antram) vê com bons olhos a desconvocação da greve dos motoristas por parte do Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), referindo que o que o sindicato fez ontem foi “dar um passo em frente naquilo que deve ser uma negociação de boa fé e com lealdade“.

Em declarações à RTP3, André Matias de Almeida desvalorizou as palavras do presidente do SNMMP sobre novas formas de protesto caso as negociações falhem, não as encarando com uma ameaça. Sublinhando que “a negociação tem o seu tempo” e que todo o processo negocial foi “muito duro”, referiu que “as armas, a ameaça e a chantagem nunca trouxeram nem neste conflito nem noutro, nenhuma vantagem”.

Segundo o porta-voz da Antram reconhece ainda que os acordos estabelecidos com a Fectrans e com o Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) representam já no próximo ano “melhorias muito claras para o setor”.

Relativamente às negociações com o SNMMP, André Matias não quis antecipar qualquer cenário, preferindo esperar pelo documento que será proposto pelo sindicato para “perceber se esse documento vai ou não além do que foi estabelecido com os outros sindicatos”.

O porta-voz dos patrões sublinha ainda que a Antram “está sucessivamente a dar passos em frente”, mas avisa que há “duas balizas” que devem ser cumpridas: “a Antram com a negociação dos dois sindicatos já foi além daquilo que tinham sido os protocolos de 17 maio” e que “a baliza num processo negocial deve ser aquilo que as empresas podem suportar”.

Confrontado com a possibilidade de o SNMMP vir a ter melhores condições do que as acordadas com os outros dois sindicatos, André Matias refere que não pode haver posições discriminatórias no setor.

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