China: Maior controlo de remessas perturba atividade de empresas europeias
A introdução de novos procedimentos de aprovação de remessas de capital para o estrangeiro está a dificultar a atividade de vários grupos da UE instalados na China.
Empresas europeias presentes na China estão impedidas de enviar remessas de dividendos para o estrangeiro após a introdução de novos processos fronteiriços, segundo escreve esta terça-feira o Financial Times. Os novos procedimentos de controlo de remessas de fundos servem para tentar diminuir os fluxos de capital para fora do país, mas estão a causar problemas às operações das empresas europeias.
A Câmara de Comércio da União Europeia em Pequim foi quem fez soar o alarme, afirmando que os novos procedimentos introduzidos pelas autoridades chinesas eram “perturbadoras das operações empresariais”, escreve o FT. As medidas introduzidas a 28 de novembro fazem com que qualquer remessa de capital para fora do país seja mais complicada: as empresas têm de obter autorização do regulador para fazer uma transferência para o estrangeiro que exceda os cinco milhões de dólares, mesmo que se trate de um pagamento de impostos ou de uma remessa de dividendos.
Segundo os dados da Câmara de Comércio da UE em Pequim, há algumas empresas a serem afetadas em centenas de milhares de yuans, com uma empresa no sul da China a ser informada de que um pagamento de 131 milhões de dólares precisava de mais tempo para ser aprovado e outra a ter de entregar um plano de pagamento detalhado por um pagamento de dividendos de 290 milhões de dólares. Estes atrasos invulgares denunciados pela Câmara de Comércio são apenas exemplos das denúncias que lhes têm chegado.
Os novos controlos sobre as transferências transfronteiriças são uma das reações da China às saídas, sem precedentes, de capital do país, escreve o Financial Times, e que tem influenciado negativamente a moeda chinesa, o renminbi ou yuan, que caiu 6% em relação ao dólar este ano.
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