Investidores sobressaltados por novas tarifas da China aos EUA. Petróleo cai 3%
As tarifas anunciadas pela China são de 5% ou 10% num total de 5.078 produtos oriundos dos Estados Unidos, que incluem produtos agrícolas e carros.
A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China continua a escalar. Depois de Donald Trump avançar com outra ronda de tarifas, China anunciou que vai retaliar, e aplicar tarifas sobre bens norte-americanos no valor de 75 mil milhões de dólares. Nos planos está também retomar as tarifas de 25% sobre os automóveis norte-americanos a partir de 15 de dezembro.
As taxas aduaneiras anunciadas são de 5% ou 10% num total de 5.078 produtos oriundos dos Estados Unidos, incluindo produtos agrícolas, pequenos aviões e carros, revelou o ministro do Comércio chinês em comunicado, citado pela Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).
O anúncio de Pequim apanhou os mercados completamente desprevenidos. Os principais mercados acionistas europeus, que estiveram a manhã a negociar em alta, inverteram repentinamente para terreno negativo, reflexo dos receios dos investidores perante uma nova escalada na disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo. O índice de referência europeu, o Stoxx 600, perde 0,25% para 373,36 pontos.
Por cá, o PSI-20 apresenta perdas mais expressivas: cai mais de 1% para 4.805,44 pontos. Todas as cotadas estão a negociar no vermelho, com BCP a recuar 2,5% para 0,2028 euros.
Estas preocupações estenderam-se rapidamente ao mercado petrolífero, onde o barril de Brent desvaloriza quase 2% para 58,83 dólares. Do outro lado do Atlântico, o crude tomba quase 3% para 54,09 dólares.
Algumas das medidas vão entrar em vigor em setembro, enquanto o resto será a 15 de dezembro, um calendário que espelha os planos norte-americanos de aplicar tarifas de 10% em cerca de 300 mil milhões de produtos chineses. A China tinha já avisado que iria retaliar caso os Estados Unidos avançassem com tarifas.
Os negociadores dos dois países terão já falado por telefone, e outra chamada está planeada para os próximos dias. A delegação chinesa deverá viajar até aos Estados Unidos em setembro para um encontro presencial, uma visita que estava já marcada.
(Notícia atualizada às 14h02)
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