Macedo escolhe adjunto das Finanças para a Caixa
Paulo Macedo está a formar a equipa e, depois de José João Guilherme, escolhe Nuno Martins para a comissão executiva.
Nuno Martins deverá ser administrador da Caixa Geral de Depósitos na equipa de Paulo Macedo, apurou o ECO. Adjunto do secretário de Estado do Tesouro, é um homem com experiência bancária internacional e, especialmente, de mercados. Oficialmente, ninguém confirma ou desmente esta escolha mas, nas Finanças e na Caixa Geral de Depósitos, o nome de Nuno Martins é dado como certo. Falta saber com que pelouro. Poderá ser Chief Financial Officer (CFO), mas é possível que Paulo Macedo opte por um peso-pesado, com outra experiência.
O adjunto de Mourinho Félix passou dez anos em Londres, de 2005 a 2015, primeiro no Barclays e depois no Citigroup, sempre na área de mercados, e esteve antes (2001/05) no gabinete de Estudos Económicos do Banco de Portugal, precisamente com o atual ministro das Finanças, Mário Centeno. O ECO falou com antigos professores de Nuno Martins e colegas de trabalho na banca internacional e os elogios à sua competência e conhecimento dos mercados são unânimes.
Engenheiro físico de formação, no Técnico (1993), tirou depois o Mestrado de Economia na Universidade Nova, onde foi distinguido com o prémio Fundação Amélia Mello, para o melhor aluno daquele ano no programa de mestrado. E tem um Ph.D na Northwestern University, nos EUA.
A experiência de mercado de capitais de Nuno Martins será particularmente relevante para a Caixa. A operação de recapitalização do banco público depende, especialmente, da capacidade de realizar a operação de financiamento privada, de mil milhões de euros de obrigações. É a condição imposta pela Direção-Geral da Concorrência europeia para autorizar a capitalização pública. No total, serão mais de cinco mil milhões de euros.
Neste último ano no Ministério das Finanças, a principal função de Nuno Martins é mesmo o acompanhamento do setor bancário. Esteve envolvido, do ponto de vista técnico, na resolução do Banif e tem também nas mãos o dossiê da recapitalização da Caixa, o que será uma ajuda preciosa para Paulo Macedo.
Nuno Martins vai juntar-se assim a José João Guilherme na administração executiva do banco público presidida por Paulo Macedo e com Rui Vilar como chairman. E o nome de José Pedro Cabral dos Santos, um quadro da Caixa que esteve na equipa de José de Matos e já terá pedido a pré-reforma, continua a estar em cima da mesa para a área das empresas.
Um dos problemas que, dizem diversas fontes, ainda não está resolvido, é o destino dos três administradores executivos que estavam na equipa de António Domingues e não apresentaram a renúncia ao cargo. São eles Tiago Ravara Marques, João Tudela Martins e Pedro Leitão. Paulo Macedo já terá dado indicações de que não conta com os três, eram homens de confiança de Domingues, mas têm contrato e, por isso, têm de ser indemnizados em caso de rescisão contratual.
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