Programa de arrendamento acessível insuficiente em Lisboa, Porto e Algarve
Muitas candidaturas, poucos imóveis. Análise do Público demonstra que condições do Programa do Ministério das Infraestruturas está muito aquém do necessário em Lisboa, Porto e Algarve.
O Programa de Arrendamento Acessível desenhado pelo Ministério liderado por Pedro Nuno Santos é claramente insuficiente em Lisboa, Porto e Algarve — as zonas do país onde há maiores dificuldades no acesso ao mercado de habitação –, de acordo com uma análise do jornal Público em parceria com uma equipa de investigadores da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.
O programa, que tem como destino as famílias de classe média que têm dificuldades em aceder ao mercado de habitação a preços comportáveis, recebeu oito mil candidaturas de interessados, mas só 135 senhorios demonstraram interesse em integrar o seu programa. Em dois meses, a secretária de Estado da Habitação, Ana Pinho, disse que foram celebrados 20 contratos.
As críticas ao programa desenhado pelo Ministério das Infraestruturas e Habitação não são novas. Nesta análise feita pelo jornal Público, conclui-se que o programa tem um impacto limitado nas zonas onde os preços são mais elevados, que são os maiores centros urbanos do país.
“No Porto, em Lisboa e no Algarve parece que é dar um paracetamol a um paciente que precisa de quimioterapia”, diz um dos membros da equipa de investigadores que colaborou com o jornal.
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