Petróleo dispara 18%. Brent supera fasquia dos 70 dólares

O ataque às instalações petrolíferas na Arábia Saudita está a fazer disparar os preços do petróleo nos mercados. O Brent, que estava a 60 dólares no final da semana passada, está acima dos 70 dólares.

É uma valorização histórica. Os preços do petróleo estão a disparar nos mercados internacionais depois do ataque com drones às instalações petrolíferas terem provocado uma forte quebra da produção da matéria-prima na Arábia Saudita. O Brent, que terminou a semana passada nos 60 dólares, chegou aos 70 dólares.

O barril de Brent, que serve de referência às importações nacionais, esteve a subir mais de 19% para 71,95 dólares por barril. Aliviou ligeiramente a valorização, mas continua a negociar acima dos 70 dólares, nos 70,94 dólares. É uma forte subida de mais de 10 dólares por cada barril. Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI), está a subir mais de 10% para 60,82 dólares.

Petróleo dispara após ataque na Arábia Saudita

Estas fortes subidas das cotações do petróleo acontecem depois um ataque com drones às instalações da Saudi Aramco, a companhia estatal do reino saudita, em Abqaiq e Khurais, ter interrompido a produção. De um momento para o outro, metade da produção diária de petróleo da Arábia Saudita ficou comprometida. E desapareceu do mercado 5% de toda a oferta mundial.

A escalada das cotações reflete os receios em torno de um desequilíbrio entre a oferta e a procura, apesar de a Saudi Aramco estar a procurar restabelecer rapidamente a produção. Chegou a avançar que poderia voltar a ter as instalações operacionais esta segunda-feira de manhã, mas a data tem vindo a ser adiada. E as extensas nuvens de fumo que se veem nas imagens de satélite parecem revelar estragos mais significativos do que aqueles que a empresa está a admitir.

Arábia Saudita liberta reservas. Trump também

A Arábia Saudita está a tentar dar uma resposta rápida à forte quebra na produção de petróleo do país, admitindo enviar para o mercado o equivalente da produção diária das suas reservas da matéria-prima. Poderá responder à quebra com as reservas que detém tanto no reino como as que tem no Egito, Japão e até na Holanda.

Os Estados Unidos da América, em segundo no ranking da produção de petróleo, já tinham demonstrado estarem disponíveis para colocar também as suas reservas no mercado, uma promessa que Donald Trump fez questão de cumprir. Anunciou no Twitter que já deu ordem para que o Departamento de Energia norte-americano recorra às Reservas Estratégicas de Petróleo que contam com um total de 630 milhões de barris.

Os EUA deram também orientações para se trabalhar com a Agência Internacional de Energia (AIE) para avaliar possíveis opções para uma ação global coletiva se for necessário, tentando assim evitar uma escalada ainda mais expressiva das cotações da matéria-prima que, mantendo-se, poderá ter efeitos nefastos na economia mundial.

(Notícia atualizada às 23h30 com mais informação)

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