Portugal condena ataque a instalações petrolíferas sauditas e pede contenção
O MNE manifestou grande preocupação "perante os sucessivos ataques em solo saudita sobre infraestruturas civis”, os quais considera constituírem uma “clara violação do Direito Internacional".
O Governo de Portugal condenou esta segunda-feira o ataque de sábado a instalações petrolíferas na Arábia Saudita e apelou à contenção de todas as partes, para que seja possível um diálogo que leve à redução da tensão.
“O Ministério dos Negócios Estrangeiros condena de forma veemente o ataque perpetrado sobre instalações petrolíferas da Aramco na Arábia Saudita”, lê-se num comunicado divulgado pelo gabinete do ministro Augusto Santos Silva.
No texto, a diplomacia portuguesa manifesta ainda “preocupação perante os sucessivos ataques em solo saudita sobre infraestruturas civis”, os quais considera constituírem uma “clara violação do Direito Internacional e dos esforços pela segurança regional do Golfo” Pérsico.
“Portugal apela à contenção de todas as partes envolvidas e insta ao diálogo como forma de reduzir as tensões na região”, acrescenta.
No sábado, aviões não-tripulados (‘drones’) atingiram instalações da petrolífera Aramco no leste da Arábia Saudita.
O ataque, que foi reivindicado pelos rebeldes Huthis do Iémen, atingiu a maior instalação de processamento de petróleo do mundo e um grande campo de petróleo, provocando grandes incêndios numa zona vital para o fornecimento global de energia.
Os Huthis, apoiados politicamente pelo Irão, grande rival regional da Arábia Saudita, reivindicam regularmente lançamentos de mísseis com ‘drones’ contra alvos sauditas e afirmam que agem como represália contra os ataques aéreos da coligação militar liderada pela Arábia Saudita, que intervém no Iémen em guerra desde 2015.
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