Altice sugere ao presidente da Anacom que se demita
O presidente da Altice critica a forma como o presidente da Anacom tem conduzido o processo de 5G em Portugal. Diz que, com os atrasos, a tecnologia só estará disponível depois do verão de 2020.
A Altice Portugal, dona da Meo, sugeriu esta segunda-feira a demissão do presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), pela forma como tem conduzido a implementação do 5G em Portugal.
O presidente da operadora de telecomunicações, Alexandre Fonseca, em declarações à rádio TSF, critica a forma como João Cadete de Matos tem arrastado o processo de 5G em Portugal, que está dependente da libertação da frequência onde está a Televisão Digital Terrestre (TDT).
Para Alexandre Fonseca, “se temos o Governo a dar recados graves e bem incisivos à postura do regulador, se temos os Governos regionais preocupados, se temos os operadores preocupados, se temos os fabricantes de tecnologia a nível mundial a dizerem que Portugal está irremediavelmente atrasado”, só haverá uma saída: João Cadete de Matos apresentar a demissão. “ Eu, obviamente no lugar do regulador tomaria as minhas ilações e no caso particular obviamente me demitiria“, conclui.
Segundo as contas do presidente da Altice, tendo em conta a consulta pública que está a decorrer com os operadores sobre o TDT e o “processo de migração de frequência dos 700 MHz para a nova frequência”, o TDT só deverá estar disponível nas novas frequências “algures depois do verão de 2020”. Na opinião da operadora, este atraso dificulta a implementação do 5G em Portugal já que o 5G sem a banda dos 700 MHz será uma nova geração móvel “muito limitada”.
Esta não é a primeira vez que a Altice critica a condução do processo de 5G pela Anacom. Há cerca de uma semana, o presidente da Altice lamentou que o regulador das comunicações desvie as “atenções” dos seus erros e “incapacidades no processo de implementação do 5G” (quinta geração móvel) e reiterou a gravidade do calendário proposto.
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