Arábia Saudita vai estar a produzir em pleno no final do mês
A Saudi Aramco foi atacada. Drones afetaram mais de metade da produção da petrolífera estatal, mas as reparações estão em curso. Até ao final do mês a Arábia Saudita volta a produzir em pleno.
A Arábia Saudita viu, de um momento para o outro, metade da produção de petróleo desaparecer, isto depois de um ataque com drones às instalações da petrolífera estatal. O petróleo disparou, chegando a valorizar mais de 20%, mas voltou a afundar com a Saudi Aramco a garantir que irá voltar a produzir em pleno até ao final do mês.
A empresa saudita diz que o ataque teve um “impacto massivo”, mas que rapidamente começou a trabalhar no sentido de restabelecer as operações, uma vez apagados os incêndios provocados pelos drones. O ataque fez tremer os mercados, mas a Arábia Saudita rapidamente avançou que iria recorrer às reservas do país para colmatar a oferta.
A garantia dada pelo reino, bem como por outros produtores, como os EUA, pouco impacto tiveram, assistindo-se a uma subida expressiva das cotações do petróleo nos mercados internacionais na primeira sessão da semana. O Brent chegou aos 72 dólares por barril, mas está novamente abaixo dos 65 dólares, a perder 6,6%. Em Nova Iorque, o WTI recua 5,61% para os 59,37 dólares.
Os investidores estão a reagir à garantia dada pela Saudi Aramco de que os trabalhos de reparação estão a avançar, estimando que dentro de duas semanas seja possível ao país voltar a produzir em pleno. Ou seja, voltará a colocar no mercado cerca de 10 milhões de barris por dia, o que será suficiente para dar resposta à procura.
Tendo em conta a utilização das reservas, a Arábia Saudita afirma que o ataque não se refletirá nas exportações de petróleo deste mês, mantendo-se ao mesmo nível dos anteriores.
Mesmo com a promessa de restabelecer a produção, o reino pede ajuda aos restantes países produtores de petróleo para disponibilizarem reservas, de forma a evitar que os preços do petróleo subam, mas os EUA, que se mostraram disponíveis para o fazer, voltaram atrás. Donald Trump já veio dizer que “não acredita que será preciso” libertar reservas já que os preços não registaram uma subida muito expressiva.
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