Arábia Saudita diz ter “capacidade de responder aos ataques” a refinarias de petróleo
Rei saudita acredita que os ataques com drones à Saudi Aramco tiveram como objetivo afetar o mercado petrolífero global. Pede à comunidade internacional que confronte e condene os responsáveis.
A Arábia Saudita está preparada a responder aos ataques com drones a duas refinarias da petrolífera estatal Saudi Aramco. Segundo a agência noticiosa oficial saudita, o rei Salman bin Abdulaziz Al Saud garantiu que o país vai “defender as suas terras” e apelou ao apoio da comunidade internacional.
O ataque, que aconteceu no sábado passado, foi reivindicado pelos rebeldes Huthis do Iémen (que são apoiados politicamente pelo Irão). A agência SPA, citada pela Reuters, noticia que “o Reino vai defender as suas terras e instalações vitais”, bem como que “tem capacidade de responder aos ataques, independentemente da sua origem”.
As ligações entre o grupo rebelde e o Irão levaram a acusações por parte dos EUA de que seria o país a estar por trás dos ataques, mas o Irão já rejeitou qualquer responsabilidade.
Os drones atingiram a maior instalação de processamento de petróleo do mundo e um grande campo de petróleo, provocando grandes incêndios numa zona vital para o fornecimento global de energia. O fornecimento de petróleo da Arábia Saudita sofreu um corte para metade (cerca de 5,7 milhões de barris diários).
Ainda não se sabe a extensão dos estragos ou durante quanto tempo é que a produção ficará comprometida. O rei, que se reuniu durante a manhã com os ministros, terá revisto igualmente os danos causados pelo ataque que considera teve como objetivo afetar a produção global de petróleo e, consequentemente, a economia mundial.
Nesse sentido, o monarca terá apelado à comunidade internacional que se una para confrontar e responsabilizar os responsáveis pelo ataque. O secretário de Defesa norte-americano, Mark Esper, disse que os EUA estão a trabalhar com os aliados para preparar uma resposta ao “ataque sem precedentes” contra instalações de petróleo na Arábia Saudita.
Vários países condenaram o sucedido, incluindo Portugal, que apelou à contenção de todas as partes, para que seja possível um diálogo que leve à redução da tensão. “O Ministério dos Negócios Estrangeiros condena de forma veemente o ataque perpetrado sobre instalações petrolíferas da Aramco na Arábia Saudita”, lê-se num comunicado divulgado pelo gabinete do ministro Augusto Santos Silva, esta segunda-feira.
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