Ao segundo dia, petróleo alivia à espera da recuperação da Arábia saudita
Após fortes ganhos na última sessão causados pelo ataque de drones à Saudi Aramco, o mercado petrolífero alivia. Governo saudita poderá anunciar ainda esta terça-feira o plano de recuperação.
O preço do petróleo começa a ceder após os fortes ganhos da última sessão. Ainda a recuperar dos ataques de drones a duas refinarias da petrolífera estatal do reino saudita Saudi Aramco, a matéria-prima recua nos mercados internacionais. Ainda esta terça-feira, poderá ser conhecido o plano de ação do país, que é o maior produtor de petróleo do mundo.
“O pensamento chave é se este é um choque petrolífero ou uma disrupção de curto prazo?”, afirmou Virginie Maisonneuve, chief investment officer da Eastspring Investments, em declarações à Bloomberg. “Estamos a assistir a uma atitude de esperar para ver e é por isso que os mercados estão bastante nervosos“.
O brent negociado em Londres, referência para as importações europeias, segue a desvalorizar 0,5% para 68,66 dólares por barril, depois de na última sessão ter disparado 12%. Já o crude WTI, de Nova Iorque, recua 0,9% para 62,33 dólares por barril, após uma valorização de 15% ontem. Ambas as matérias-primas chegaram a recuar 2% no início da manhã.
O ataque, que foi reivindicado pelos rebeldes Huthis do Iémen (que são apoiados politicamente pelo Irão), atingiu a maior instalação de processamento de petróleo do mundo e um grande campo de petróleo, provocando grandes incêndios numa zona vital para o fornecimento global de energia. O fornecimento de petróleo da Arábia Saudita sofreu um corte para metade (cerca de 5,7 milhões de barris diários).
Enquanto vários países (incluindo a própria Arábia Saudita, mas também os EUA ou até Portugal) já se disponibilizaram para usar reservas de emergência, a Saudi Aramco poderá enfrentar semanas ou até meses até conseguir recuperar a produção.
O ministro da Energia saudita, o príncipe Abdulaziz bin Salman, marcou uma conferência de imprensa para as 16h (hora de Lisboa), onde irá falar sobre o plano de recuperação da produção.
“Todos os olhos estão virados para a conferência de imprensa saudita. É necessária uma avaliação dos danos apropriada e precisamos de ver um plano de recuperação. Antes disso, não se poderá realmente saber quanto petróleo estará fora do mercado e por quanto tempo. É basicamente esta a questão que se tem colocado desde sábado”, sublinhou Samuel Ciszuk, founding partner da ELS Analysis, à Reuters.
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