Marcelo sobre Tancos: “É bom que fique claro que o Presidente não é criminoso”
Marcelo Rebelo de Sousa voltou a negar ter sabido da encenação da recuperação do material militar roubado em Tancos e tentou afastar qualquer dúvida, depois de uma notícia o ter implicado no caso.
Marcelo Rebelo de Sousa quer que não haja o mínimo de dúvidas acerca do seu envolvimento no Caso Tancos: foi nenhum, voltou a garantir esta terça-feira, depois de uma alegada escuta divulgada pela TVI parecer implicar o Presidente da República.
O chefe de Estado voltou a negar ter tido algum tipo de conhecimento privilegiado em torno da operação na qual a Polícia Judiciária Militar (PJM) encenou a recuperação do armamento roubado dos Paióis Nacionais de Tancos. “Nem através do Governo, nem através de ninguém no parlamento, nem através das chefias militares, nem através de quaisquer entidades de investigação criminal, civil ou militar, nem através de elementos da minha equipa, da Casa Civil ou da Casa Militar, nem através de terceiros, não tive”, insistiu, citado pela TSF.
O Presidente da República foi ainda mais longe: “Para que não restem dúvidas, por uma questão, não só de honra pessoal, mas porque estou aqui [nos Estados Unidos] a defender a posição de Portugal, é bom que não esteja a defender a posição de Portugal na Assembleia-geral das Nações Unidas ao mesmo tempo que surge uma vaga dúvida sobre se o Presidente é criminoso. É bom que fique claro que o Presidente não é criminoso.” Marcelo Rebelo de Sousa está em Nova Iorque a participar na assembleia-geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
"É bom que não esteja a defender a posição de Portugal na Assembleia-geral das Nações Unidas ao mesmo tempo que surge uma vaga dúvida sobre se o Presidente é criminoso. É bom que fique claro que o Presidente não é criminoso.”
Esta semana, espera-se que o Ministério Público (MP) deduza a acusação do Caso Tancos, uma vez que o prazo termina na sexta-feira, o que poderia implicar a libertação do principal suspeito. Azeredo Lopes, então ministro da Defesa, poderá ser acusado de participação ativa na encenação da recuperação do material, mas a TVI recuperou as dúvidas sobre a eventualidade de o Presidente da República ter sabido da recuperação por vias privilegiadas.
Segundo a estação de Queluz de Baixo, os procuradores terão em sua posse uma escuta telefónica na qual o major Vasco Brazão da PJM, alegadamente envolvido no esquema, refere que o “papagaio-mor do Reino” sabia de tudo. De acordo com a TVI, a investigação acredita que Vasco Brazão se referia ao Presidente da República.
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