Na nova loja do Pingo Doce não há caixa para pagar. Usa-se uma app
A Jerónimo Martins instalou em Carcavelos uma nova loja do Pingo Doce que permite aos clientes entrarem e saírem do estabelecimento, sendo o pagamento processado automaticamente através de uma app.
Na nova loja do Pingo Doce, em Carcavelos, não se pode usar dinheiro. A marca da Jerónimo Martins lançou um conceito que permite aos clientes entrar no espaço, tirar os produtos das estantes e sair por um canal. O pagamento é feito através de uma app para o telemóvel, ou com o cartão bancário num terminal de pagamentos.
O Pingo Doce & Go, a nova “loja laboratório” da marca, é um estabelecimento com produtos focados nas necessidades dos mais jovens. Também vai servir à retalhista para “testar novas soluções tecnológicas”, num setor em crescente digitalização. Independentemente do sistema operativo, todos podem fazer o download da aplicação.
Como funciona? Os utilizadores vão poder registar-se na aplicação e fazer check in à entrada da loja, o que permite abrir a cancela. Depois, podem ir adicionando os produtos a um cesto virtual, fazendo scan dos códigos de barras disponíveis nos produtos e nas prateleiras, com a câmara do aparelho. Para quem tem Android com NFC, basta aproximar o aparelho da etiqueta com o preço, uma comodidade que a empresa também quer disponibilizar no iPhone no futuro.
Feitas as compras, basta terminar a compra na aplicação e o valor é debitado na conta do cliente. A app fornece, de seguida, um novo código para poder sair da loja. No caso de não ter um meio de pagamento associado à aplicação, pode pagar com cartão bancário num terminal físico que existe no interior do estabelecimento.
Se está confuso, não se preocupe. Em caso de problemas ou dúvidas, os clientes poderão recorrer aos funcionários do Pingo Doce. A empresa emprega cerca de 20 pessoas nesta unidade, que, apesar de se situar no campus da Nova SBE, pode ser usada pelo público em geral.
A nova loja é uma aproximação distante do conceito Amazon Go, um tipo de loja física da cadeia norte-americana, que permite entrar e sair da loja “sem pagar”, porque os produtos são automaticamente reconhecidos e o débito é feito de forma automática. No entanto, a solução da Amazon recorre a câmaras inteligentes no topo das lojas para reconhecer que produtos são retirados das estantes pelos clientes, enquanto a alternativa do Pingo Doce recorre à tecnologia já massificada dos códigos QR.
O Pingo Doce também as tem. São mais de 100 espalhadas por calhas no teto do estabelecimento e nas extremidades de algumas prateleiras. Mas a empresa ainda está a “treinar” as máquinas, pelo que estes sensores estão apenas a recolher e a interpretar os dados dos clientes.
A nova loja não é a única novidade. À entrada do Pingo Doce & Go, a Jerónimo Martins instalou um novo conceito de vending machine para satisfazer as necessidades dos estudantes nos horários em que a loja não está aberta. Os utilizadores vão poder usar a aplicação para desbloquear a porta da máquina, retirar os produtos de que precisam e, quando fecham a porta, o pagamento é processado.
Estes dois novos conceitos do Pingo Doce foram desenvolvidos pela Jerónimo Martins em conjunto com a Forcom, a Reckon, a TrueWind e a OutSystems. A empresa não especificou o valor do investimento, mas indicou ter estado a desenvolver os conceitos durante “mais de um ano e meio”.
(Notícia atualizada às 17h32 com mais informações)
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