Petróleo dispara 5% com acordo da OPEP e Rússia
Preços disparavam para máximos de ano e meio depois de a OPEP e outros países produtores terem acordado um corte combinado de produção de petróleo. Sauditas prometem reduzir ainda mais a produção.
Os preços do petróleo disparavam esta segunda-feira para máximos de julho de 2015, depois de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e outros países produtores terem chegado a acordo para reduzir a produção global de ouro negro, num entendimento que deixou a Arábia Saudita, o maior exportador mundial, a ponderar um corte mais acentuado da sua produção, no sentido de reequilibrar as cotações dos barris nos mercados internacionais.
O brent, referência para as importações nacionais, valorizava 5,08% para 57,09 dólares por barril, o valor mais elevado em cerca de ano e meio. Em Nova Iorque, o contrato WTI ganhava 5,73 para 54,45 dólares.
No fim de semana, a Rússia e outros países produtores acordaram com a OPEP um corte de produção de 558 mil barris diários, no próximo ano. No total, foram 11 países não-membros que se vão juntar ao cartel com o objetivo de reequilibrar o mercado de petróleo e reanimar as cotações do “ouro negro”. À margem do encontro em Viena, o ministro saudita da Energia adiantou que o maior exportador de petróleo do mundo deverá proceder a uma redução substancial do output para níveis abaixo do que tinha acordado com a OPEP.
“Esta é uma mensagem poderosa de que os produtores querem equilibrar o mercado”, referiu Chris Weston, estratego da IG, à Bloomberg. “Assumindo que os níveis de compromisso são razoáveis, estes cortes serão suficientes para colocar os mercados de petróleo em défice. Este nível de coordenação não tem precedentes”, acrescentou Neil Beveridge, analista da Sanford C. Bernstein, à mesma agência.
O acordo histórico – o primeiro entre os dois blocos de países produtores em 15 anos – acontece duas semanas depois de os países membros da OPEP terem decidido baixar a produção de petróleo do cartel em 1,2 milhões de barris diários. Ou seja, o corte combinado entre a OPEP e os outros países produtores deverá baixar a oferta global de petróleo em 1,8 milhões de barris/dia.
(notícia em atualizada às 9h25)
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