Recuperação de Wall Street contagia a Europa. Energia sustenta bolsa de Lisboa
O BCP continua em foco devido aos créditos em francos suíços da subsidiária polaca Millennium Bank. O banco na Polónia corrige, enquanto o português segue com volatilidade.
As bolsas globais respiram de alívio, após a forte pressão causada pelo agravamento da tensão comercial. Em linha com a recuperação de Wall Street, os índices europeus abriram esta sexta-feira em alta. O português PSI-20 não fugiu à tendência e está a beneficiar em especial dos ganhos das cotadas da energia.
O PSI-20 abriu a ganhar 0,13% para 4.871,94 pontos e foi aumentando a valorização nas primeiras negociações. A Pharol, que dispara 1,70%, é a cotada que mais sobe.
Depois de o Barclays ter subido, na última sessão, o preço-alvo das ações para 18 euros (contra 17,5 euros), a Galp valoriza 1,09% para 13,40 euros. Também a EDP Renováveis avança 0,62% para 9,70 euros, enquanto a EDP — empresa onde a Alliance Bernstein anunciou ter comprado 2,3% do capital — segue na linha de água nos 3,56 euros.
O BCP negocia com volatilidade, entre ganhos e perdas, mas acima dos 0,19 euros, enquanto o Millenium Bank avança 3,4%. A subsidiária polaca do BCP minimizou a apreciação do Tribunal de Justiça da União Europeia sobre créditos à habitação contraídos em francos suíços e Miguel Maya disse acreditar que a justiça polaca vai decidir “de forma equilibrada”.
Ainda não se sabe qual o impacto que poderá ter nas contas e nas ações do banco. “Ontem, o catalisador da valorização do BCP foi o anúncio do Governo Polaco de que iria ajudar os bancos. No entanto, de recordar que no próximo dia 13 irão realizar-se as eleições legislativas no país e a questão da solução para os empréstimos em CHF poderá ser um dos temas da campanha eleitoral. Assim sendo, o BCP continuará a mostrar-se permeável ao fluxo de notícias vindas da Polónia“, lembram os analistas do BPI.
Lisboa acompanha assim os ganhos na Europa, onde o índice pan-europeu Stoxx 600 abriu a subir 0,1%, “fruto da recuperação das bolsas americanas durante a sessão de ontem”, segundo o BPI. O francês CAC 40, o alemão DAX, o britânico FTSE 100 e o espanhol IBEX 30 avançam entre 0,1% e 0,2%.
“A manhã avizinha-se relativamente tranquila em virtude da expectativa suscitada pela divulgação do relatório do emprego nos EUA. O DAX continuará a ser o mais sensível à temática em redor da economia mundial, dada a sua dimensão e a elevada dependência das exportações da maioria dos seus membros”, acrescentam os analistas.
Apesar da subida das ações, as yields das dívidas soberanas da Zona Euro mantêm a tendência de queda da última sessão. No caso de Portugal — cuja dívida vai ser esta noite avaliada pela agência de rating canadiana DBRS –, o juro das obrigações a dez anos recuam para 0,13%, o valor mais baixo em mais de uma semana.
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