Rio considera inadmissíveis acusações de Costa contra a direita
Rio diz que Costa "ouve muitas vezes coisas de que não gosta". "Também me dizem muitas coisas de que não gosto e não vou dizer que PS, PCP e BE plantaram uma pessoa", remata.
O presidente do PSD, Rui Rio, rejeitou e considerou não ser “minimamente admissível” a acusação de António Costa de que o partido teria ‘plantado’ um incidente na campanha do PS.
Em declarações aos jornalistas antes de iniciar a tradicional descida do Chiado, em Lisboa, Rio escusou-se a comentar a exaltação do secretário-geral do PS e primeiro-ministro, António Costa, relativamente a um homem que o abordou para o criticar “por ter gozado merecidas férias enquanto morriam pessoas” nos incêndios.
“Relativamente ao episódio prefiro não comentar, apenas lamentar o facto de o dr. António Costa ter dito que a direita — estava a referir-se ao PSD, o PSD não é de direita, mas era isso que estava a dizer — isso é que eu não acho minimamente admissível”, reagiu o líder do PSD.
“Acho que as pessoas me conhecem. Alguma vez eu ia fazer semelhante coisa, por amor de Deus”, acrescentou, dizendo ter esperança que, até ao final da campanha que hoje termina, o líder do PS “venha repor o que sabe que não é verdade”.
Rui Rio salientou que também “ouve muitas vezes coisas de que não gosta”, referindo que tal aconteceu na quinta-feira, no Porto.
“Eu ando na rua, também me dizem muitas coisas de que não gosto e não vou dizer que PS, PCP e BE plantaram uma pessoa”, afirmou.
Perante a insistência dos jornalistas se os políticos não têm direito a perder a cabeça, Rio admitiu que sim, mas reiterou que não queria comentar o episódio em concreto.
“Lamento que dr. António Costa diga que a direita o fez, a direita não sei se o fez, o centro não o fez de certeza e penso que a direita também não, mas falo pelo centro que é o PSD”, disse.
O secretário-geral do PS acusou a “direita” de ter hoje “plantado” um homem no final da arruada socialista, no Terreiro do Paço, em Lisboa, para o “caluniar” sobre os incêndios de Pedrógão Grande de junho de 2017.
“É seguramente um senhor que estava ali para provocar, repetindo uma mentira sobre uma situação que constituiu uma tragédia do país”, declarou António Costa aos jornalistas, na estação de Santa Apolónia, em Lisboa, momentos antes de partir para o Porto onde esta noite encerra a campanha socialista.
Momentos antes, António Costa teve um incidente com um homem que o abordou para o criticar “por ter gozado merecidas férias enquanto morriam pessoas” nos incêndios de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria.
“No dia 18 de junho eu estava lá. Mentiroso provocador, o senhor não estava lá no dia 18 [de junho de 2017]”, respondeu António Costa visivelmente exaltado, momentos antes de partir para o Porto, de comboio, onde esta noite encerra a campanha eleitoral do PS.
Mais tarde, perante os jornalistas, já um pouco mais calmo, o líder socialista considerou “repugnante que alguém utilize a campanha eleitoral para o atacar com uma calúnia”.
“É vergonhoso como a direita recorre a golpes tão baixos”, disse, antes de sustentar a tese de que aquele incidente foi montado contra si.
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