Brexit: Costa diz ser altura de o Parlamento britânico fazer a sua parte e aprovar o acordo
Para António Costa, "é muito positivo" que se tenha alcançado um acordo para o Brexit, mas falta agora a parte mais importante: discutir as relações futuras entre o Reino Unido e a União Europeia.
“É um dia feliz”. As palavras são de António Costa, referindo-se a esta quinta-feira, dia em que foi alcançado um acordo para o Brexit. Apelando ao Parlamento britânico para finalmente aprovar este acordo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE), o primeiro-ministro sublinhou que falta agora a “parte mais importantíssima de todas”, a negociação das relações futuras entre a UE e o Reino Unido.
“Este é um acordo fundamental para garantir os direitos dos cidadãos, sobretudo para os portugueses que vivem no Reino Unido e para os britânicos que vivem em Portugal”, começou por dizer António Costa em conferência de imprensa esta quinta-feira à tarde. “É muito positivo que se tenha chegado a este acordo e o apelo que faço é que o Parlamento britânico possa, desta vez, aprovar este acordo”.
O primeiro-ministro fez questão de sublinhar todos os passos dados nos últimos quatro anos para fechar um acordo para o “divórcio” mais famoso do momento e que, “desta vez, é altura de o Parlamento britânico fazer a sua parte, ou seja, aprovar este acordo”.
Questionado pelos jornalistas ao que acontecerá se este vier a ser chumbado, António Costa respondeu que “é tempo de pôr um ponto final positivo nesta negociação para se tratar do mais importante: a relação futura entre a UE e o Reino Unido”, tendo em conta que “o Reino Unido é o nosso vizinho mais próximo e, seguramente, o nosso parceiro económico mais importante e o aliado mais firme”.
Costa falou ainda sobre os “interesses políticos” do Reino Unido, referindo-se à vontade de Jeremy Corbyn em convocar um novo referendo. “Há um momento em que todos temos de ser capazes de pôr o interesse da Europa acima das convergências partidárias”, disse, acrescentando que “os cidadãos não podem ver os seus interesses sacrificados pela vontade política de haver eleições”.
O primeiro-ministro terminou a conferência apelando novamente ao Parlamento britânico para que este “corresponda ao esforço paciente, continuado, persistente e de muito boa vontade” da UE em “ir negociando sucessivos acordos para ultrapassar as sucessivas rejeições”. “Chegamos ao fim da linha e seria uma tragédia se, depois deste esforço, houver uma saída da UE sem um acordo”.
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