Assunção Cristas renuncia ao mandato de deputada mas fica na AR até ao congresso
A líder do CDS vai renunciar ao mandato de deputada, mas ficará na Assembleia da República até à realização do congresso do partido a 25 e 26 de janeiro de 2020. Vai manter-se como vereadora da CML.
A líder demissionária do CDS-PP, Assunção Cristas, vai renunciar ao mandato de deputada, mas ficará na Assembleia da República até ao próximo congresso, em 25 e 26 de janeiro de 2020, anunciou na quinta-feira a dirigente centrista, no arranque do conselho nacional do CDS, na sede do partido
O secretário-geral do partido, Pedro Morais Soares, informou que Assunção Cristas anunciou também aos conselheiros que vai manter-se como vereadora do partido na Câmara Municipal de Lisboa, para que foi eleita nas autárquicas de 2017.
Realizar o congressos a 25 e 26 de janeiro por ter sido propositado para coincidir com a data do simbólico congresso do Palácio de Cristal em 1975, sublinha o Público (acesso condicionado), mas também prender-se com uma eventual segunda volta das eleições diretas no PSD.
O porta-voz da Tendência Esperança em Movimento, Abel Matos Santos, o único candidato assumido à liderança do CDS, disse aos jornalistas que “o tempo não é de afiar facas” e que Assunção Cristas “assumiu as suas responsabilidades”, ao contrário de “outros que não subiram ao palanque” com ela e que fazem parte da direção. O dirigente criticou ainda o modo de funcionamento do partido, nomeadamente a realização do conselho nacional a uma quinta-feira à noite em Lisboa — ainda que a reunião no Caldas tenha tido uma elevada participação — e o veto “de gaveta” à refiliação de Manuel Monteiro. “É um acto censório e pouco democrático”, disse citado pelo Público e pelo Observador.
Abel Matos Santos desafiou outros possíveis candidatos a não terem “vergonha” de avançar como forma de dar um contributo ao partido.
Presidente da JP admite concorrer à liderança
O líder da Juventude Popular, Francisco Rodrigues dos Santos, aceitou o repto lançado por Abel Matos Santos e admitiu entrar na corrida à liderança do CDS-PP. Mas avisou que o mais importante, nesta fase, é discutir o que o partido quer para o futuro.
“Estou, como sempre estive, ao lado do meu partido, não o abandono, não fujo. Estou disponível para aquilo que os militantes do meu partido entenderem que eu posso ser mais útil“, afirmou aos jornalistas, à entrada da reunião. O dirigente da JP criticou ainda, sem identificar, quem, “a partir de fora”, manda “mensagens para dentro”, tentando “condicionar” a discussão interna no partido.
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