Isabel dos Santos diz-se vítima de “caça às bruxas” pela PGR angolana
A PGR angolana instaurou um processo-crime contra a filha do antigo presidente José Eduardo dos Santos. Empresária nega que tenha transferido dinheiro da Sonangol antes da exoneração.
Isabel dos Santos nega ter desviado dinheiro da Sonangol e acusa a Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola de “caça às bruxas”. Num e-mail a que a agência Bloomberg (acesso condicionado) teve acesso, a empresária angolana defende que o processo-crime foi instaurado por “vingança política”.
A PGR angolana instaurou um processo-crime contra a empresária e filha do antigo presidente José Eduardo dos Santos, segundo noticiou no sábado o jornal angolano Novo Jornal. Isabel dos Santos é acusada de ter transferido 38 milhões de dólares da Sonangol já depois de ter sido exonerada da posição.
As acusações foram inicialmente feitas pelo sucessor na administração da petrolífera, Carlos Saturnino, em 2018. A investigação foi agora oficializada pela PGR angolana, mas a angolana diz-se inocente. Defende que a transferência foi legal e feita antes da exoneração.
“Dizer que transferência foi pedida depois da exoneração é simplesmente falso”, afirmou Isabel dos Santos, citada pela Bloomberg. “A luta contra a corrupção não pode ser usada para alimentar uma agenda de perseguição ou uma caça às bruxas“.
A empresária defende ainda que se a PGR quer combater a corrupção devia era investigar a dívida de 20 milhões de dólares existente na Sonangol no final de 2015, antes de Isabel dos Santos chegar ao cargo.
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